No mês de novembro, penúltimo mês do ano de 2021, os empréstimos feitos pelos Bancos às famílias brasileiras subiram 22,6%. Nesse sentido, somente no mês de novembro, foram R$ 234,9 bilhões em crédito concedido a pessoas físicas. Sendo assim, comparado com o mesmo mês em 2020, o valor representa 20,6% a mais.
Já na mesma linha, em paralelo, o crédito para empresas cresceu 13,3% no acumulado do início do ano até novembro. Sendo assim, no total, as concessões de empréstimos no Brasil tiveram 18,1% de aumento. No mês passado, o total de empréstimos concedidos à famílias e empresas foi de R$ 445 bilhões, o que representa grande crescimento.
Dessa forma, com alta de 13,8% no acumulado do ano, o estoque de operações de crédito chegou a R$ 4,575 trilhões em novembro. O valor também é 15,6% a mais que o registrado no mesmo mês do ano passado. Nesse contexto, deste montante total, 57% equivalem a saldos para famílias. Os números são da Nota Monetária de Crédito, divulgado pelo Banco Central (BC).
No crédito livre, a concessão totalizou R$ 401 bilhões em novembro, com alta de 19,4% no ano. Já a concessão de crédito com recursos direcionados, que é aquele subsidiado por governos, somou R$ 43,9 bilhões em novembro, com queda de 2,9% no mês, mas alta de 8,5% no acumulado até novembro. No total, o estoque é de R$ 1,865 trilhão.
Em relação a juros cobrado
No mês de novembro, com o crescimento de crédito concedido, a taxa média de juros cobrada do sistema financeiro no Brasil para empréstimos também passou a subir. Desse modo, a justificativa para o aumento dos juros é por conta do aperto monetário promovido pelo Banco Central este ano para controlar o aumento da inflação.
Nesse sentido, a taxa de juros subiu 1,46 ponto percentual em comparação com outubro, alcançando 31,14% ao ano. Isto representa o maior patamar desde novembro de 2019, quando a taxa estava em 35,55%. Segundo o BC, somente em 2021,a taxa média das operações de crédito acumula uma alta de 8,6 pontos percentuais.
A taxa Selic, que iniciou o ano no patamar mínimo histórico de 2% ao ano, subiu 7,25 pontos percentuais ao longo de 2021. Dessa forma, a taxa atingiu 9,25% no último encontro do Comitê de Política Monetária. O colegiado já indicou que deve promover uma nova elevação de 1,5 ponto na taxa na reunião de fevereiro.
Em relação ao nível de inadimplência, apesar do aumento das taxas de juros, a inadimplência permanece estável. Sendo assim, o nível passou de 3,0% em outubro para 3,1% em novembro. Sendo assim, nos onze primeiros meses do ano, a alta total foi de 0,2 ponto percentual.
Por fim, com o aumento de crédito e juros no mês de novembro, com os dados é possível observar que, apesar da elevação de custos, o estoque de crédito no Brasil manteve trajetória de elevação. Sendo assim, o volume de crescimento corresponde a 53,2% do Produto Interno Bruto (PIB).