O Banco Central informa que a taxa média de juros das concessões de crédito do SFN atingiu 21,6% a.a. em setembro, com altas de 0,5 p.p. no mês e de 3,5 p.p. em doze meses. O spread bancário situou-se em 14,5 p.p., permanecendo estável no mês e elevando-se 0,2 p.p. em comparação a setembro de 2020.
No crédito livre, a taxa média de juros atingiu 30,6% a.a. no mês, com altas de 0,8 p.p. no mês e de 4,8 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, informa o BC.
No crédito livre às empresas, a taxa média de juros situou-se em 17,1% a.a., com incrementos de 0,9 p.p. no mês e 5,6% em doze meses, com movimento disseminado entre as modalidades e destaque para as elevações em cheque especial, 7,1 p.p., capital de giro superior a 365 dias, 1,6 p.p., e financiamento para aquisição de veículos, 1,1 p.p. Para as famílias, a taxa de juros das concessões atingiu 41,3% a.a., com incrementos de 0,5 p.p. no mês e 3,2 p.p. em 12 meses, destaque para a alta de taxas do cartão de crédito rotativo, 3,7 p.p.
Além disso, o BC ressalta que a inadimplência continuou estável no mês, 2,3%. No crédito livre houve estabilidade da inadimplência nos dois segmentos, enquanto no direcionado o segmento de empresas apresentou redução de 0,3 p.p.
Sobre os agregados monetários, o BC informa que em setembro, a base monetária atingiu R$403,7 bilhões, decréscimo de 0,7% no mês e de 1,2% em doze meses. No mês, o papel-moeda emitido diminuiu 1,3% e as reservas bancárias aumentaram 2,8%.
Dessa forma, entre os fluxos mensais dos fatores condicionantes da base monetária, foram contracionistas as operações com títulos públicos federais (R$18,7 bilhões, compostos por resgates líquidos de R$93,4 bilhões no mercado primário e compras líquidas de R$112,2 bilhões no mercado secundário), as operações do Tesouro Nacional (R$2,6 bilhões) e as da Linha Temporária Especial de Liquidez e Redesconto (R$ 3,7 bilhões), informa o Banco Central do Brasil.
É relevante para o cidadão conhecer os dados oficiais divulgados pelo Banco Central do Brasil, visto que são informações que impactam na economia nacional de forma direta ou indireta. Por isso, todos os fluxos econômicos impactam na lei da oferta e demanda, alterando a sua rotina de consumo através da elevação ou diminuição da inflação em determinados produtos ou serviços.