A atividade econômica nordestina manteve-se em expansão no segundo trimestre de 2022, de acordo com a divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB) realizada na data desta publicação, 02 de setembro de 2022.
Banco Central: a Região Nordeste do Brasil manteve-se em expansão econômica
Segundo destaca a divulgação regional do Banco Central do Brasil (BCB), o Índice de Atividade Econômica Regional – IBCR-NE cresceu 1,0%, refletindo a continuidade da retomada do setor de serviços, além do desempenho favorável da agropecuária e da construção civil.
No mesmo sentido, a indústria de transformação acumula expansão significativa, com três trimestres seguidos de alta, impulsionada principalmente pelo setor de derivados de petróleo.
Índice de Atividade Econômica Regional
O Banco Central do Brasil (BCB) destaca que a ocupação segue em elevação no mercado de trabalho formal e informal, mas a recuperação dos rendimentos tem sido mais lenta que a média nacional.
Em doze meses até junho, o IBCR-NE acumulou variação de 3,5%. O setor de serviços mostrou dinamismo no segundo trimestre, acompanhado por melhora no mercado de trabalho. Segundo a PMS do IBGE, os serviços não financeiros aceleraram para alta de 3,5% ante o trimestre anterior, com crescimento generalizado (apenas outros serviços recuaram).
Destaque para os serviços mais intensivos em trabalho — serviços às famílias e turismo que, com o resultado, superaram o nível anterior à crise sanitária, diferentemente do observado no indicador nacional, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
De acordo com dados dessazonalizados da PNADC-T do IBGE, a taxa de desocupação da região recuou para 12,6% no trimestre finalizado em junho, menor patamar desde o último trimestre de 2015 e 5,9 p.p. abaixo do recorde da série, atingido no quarto trimestre de 2020.
No último trimestre, a população ocupada aumentou 3,1% e o rendimento real apresentou leve recuperação, mas ainda permanece em patamar mais baixo que o do ano anterior, pondera a análise oficial.
Elevação do emprego formal
No mercado formal, dados dessazonalizados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostraram elevação consistente e generalizada da geração de postos de trabalho com carteira assinada entre abril e junho, acelerando em relação ao trimestre anterior.
A demanda por bens cresceu no segundo trimestre, porém menos no conceito ampliado (0,3%) do que no restrito (2,6%), devido à retração nas vendas de veículos e material de construção, segundo a PMC do IBGE, informa o Banco Central do Brasil (BCB).
Dados oficiais
A ligeira recuperação do comércio na margem sucedeu a três trimestres consecutivos de queda. Dados de julho da Fenabrave, isentos de sazonalidade, sugerem recuperação no comércio de veículos, havendo as vendas crescido 6,7% na região no trimestre terminado em julho, com elevações de 14,2% em Pernambuco, de 12,8% no Ceará e de 2,7% na Bahia. As vendas de motocicletas no Nordeste, maiores que as de automóveis e comerciais leves em todos os nove estados da região, continuam a mostrar dinamismo.
Segundo o Banco Central do Brasil (BCB), o Icec, divulgado pela CNC, atingiu 122,3 pontos em julho de 2022, retornando ao patamar verificado em março de 2020, no início da pandemia. O ICF também voltou aos patamares verificados nos primeiros meses de 2020.
A expansão da indústria nordestina
A indústria nordestina expandiu 3,8% no segundo trimestre em relação ao anterior, segundo dados da PIM-PF do IBGE, refletindo crescimento nos três estados onde é feita a pesquisa (Bahia, Pernambuco e Ceará).
Destacaram-se positivamente o setor de bebidas e derivados de petróleo, enquanto a queda na indústria de alimentos foi a maior dentre os ramos pesquisados. Em doze meses, contudo, a atividade fabril na região apresentou queda de 6,5%, destaca a recente divulgação oficial do Banco Central do Brasil (BCB).