O Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), falou nesta terça-feira (25) a sua opinião sobre uma possível prorrogação do Auxílio Emergencial. De acordo com ele, essa extensão pode acontecer, mas vai ter que passar por debates no Congresso. Ele não abre mão disso.
Para Pacheco, o Senado e a Câmara precisam começar a discutir a necessidade ou não desta prorrogação do benefício. Atualmente o que se sabe é que o programa deve ter pagamentos até o próximo mês de julho. Muita gente, no entanto, quer prorrogar esse período. Resta saber por quanto tempo.
De acordo com informações de bastidores, vários políticos do Centrão estão pressionando o Governo Federal para prorrogar o benefício até o próximo mês de novembro. Se isso acontecer, então seria uma extensão de mais quatro meses. Isso exigiria a aprovação de uma nova PEC para liberar mais dinheiro. É isso oq eu a lei diz.
Pacheco disse que o Congresso precisa participar dessa decisão junto com o Governo Federal, seja na condição de protagonista ou mesmo de coadjuvante. Para o Presidente do Senado, os debates devem circular em torno de uma prorrogação de um ou dois meses.
“O que nos cabe agora, como homens públicos, responsáveis, dentro dessa responsabilidade social, mas obviamente sem olvidar da responsabilidade fiscal, é identificarmos se esses quatro meses do auxílio emergencial. Saber se serão suficientes ou se precisaremos estender por mais um ou dois meses”, disse ele.
Pacheco
O Presidente do Senado disse ainda que o país precisa criar algum tipo de programa social para substituir o Auxílio Emergencial. E de acordo com ele isso precisa acontecer independente da duração desse atual benefício do Governo Federal.
“Precisaremos estabelecer a discussão e a implantação efetiva de um programa social que incremente ou substitua, como se queira, o Bolsa Família, atingindo o maior número de pessoas realmente necessitadas e que possa eventualmente ter um valor um tanto mais acrescido”, disse Pacheco.
O Ministério da Cidadania afirma que está trabalhando na construção de um novo Bolsa Família. De acordo com o Ministro João Roma, a ideia é mesmo que o projeto se torne maior. Ele pagaria valores médios maiores e iria parar na casa de mais gente do que os 14 milhões que recebem o benefício atualmente.
Além do Auxílio
A opinião de Pacheco e do Ministério da Cidadania são semelhantes. Eles querem que o novo Bolsa Família esteja pronto assim que o Auxílio Emergencial chegar ao fim. Dessa forma, várias pessoas que saíssem do programa atual cairiam no projeto futuro.
O problema com esse pensamento é que o Bolsa Família, mesmo depois de uma possível mudança, não conseguiria atender todo o público do Auxílio Emergencial. De acordo com o Ministério da Cidadania, cerca de 39 milhões de brasileiros recebem o benefício emergencial hoje. O novo Bolsa Família não pode fazer pagamentos para essa quantidade de gente.
Além disso, o Bolsa Família não vai ter valores muito altos. E quem disse isso foi o próprio Presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista recente, ele falou que a média de pagamentos do novo programa será de R$ 250. Isso é portanto menos do que o maior valor do Auxílio atual, que é de R$ 375.