Dentro de mais alguns dias, o Governo Federal deve enviar ao Congresso Nacional a proposta de orçamento para o ano de 2023. Há muita expectativa em torno do valor que o Planalto vai indicar para o Auxílio Brasil no próximo ano. Apuração do jornal O Globo aponta que a ideia será fazer uma espécie de divisão de valores.
Segundo o jornal, o Governo pretende enviar a proposta de orçamento ao Congresso Nacional com uma previsão oficial de R$ 400 por família, ou seja, com a redução de R$ 200. Contudo, o Planalto também enviará na mesma proposta um indicativo de que o valor poderá ser elevado novamente para R$ 600 a partir de janeiro.
Esta segunda versão que prevê a manutenção dos R$ 600 ainda estaria no campo das possibilidades. Oficialmente, o texto do orçamento não trará nenhuma indicação de fonte de custeio. Em resumo: mesmo com a previsão do valor do documento, os repasses turbinados do programa ainda não estão garantidos para o mês de janeiro de 2023.
Em entrevista recente, o presidente Jair Bolsonaro disse que o valor de R$ 600 está confirmado para o próximo ano, e garantiu que já conversou com o Ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o tema. Entretanto, o chefe de estado também indicou que a manutenção do saldo também dependeria de uma nova decisão do Congresso Nacional para uma nova PEC.
O Ministro da Economia também disse recentemente que a manutenção do valor em R$ 600 é possível. Entretanto, Paulo Guedes indicou um caminho diferente. O chefe da pasta econômica disse que o Senado precisa aprovar a chamada Reforma Tributária este ano para poder liberar o dinheiro para o auxílio social.
Todos os quatro candidatos que lideram a corrida presidencial, segundo as principais pesquisas de intenção de voto, dizem publicamente que não diminuirão o valor do Auxílio Brasil. Para todos eles, o depósito não voltará a ser de R$ 400 em janeiro.
Lula (PT), Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB) dizem que trabalharão para manter o valor do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 em 2023. Ciro Gomes (PDT) vai além e diz que o patamar será elevado para R$ 1 mil por família.
Como dito, para manter o valor do benefício ou aumentar ainda mais o saldo, o próximo governo precisará indicar uma fonte de custeio. Até aqui, os candidatos ainda não indicaram exatamente como pretendem manter a promessa.
Enquanto não há uma definição sobre os pagamentos do Auxílio Brasil no próximo ano, o Governo segue com as liberações de 2022. Na última segunda-feira (22), os repasses do mês de agosto foram oficialmente concluídos.
Dados do Ministério da Cidadania apontam que mais de 20 milhões de brasileiros receberam a parcela de R$ 600 do benefício. Veja abaixo como fica o detalhamento das datas dos repasses para o mês de setembro:
19 de setembro: Usuários com NIS final 1
20 de setembro: Usuários com NIS final 2
21 de setembro: Usuários com NIS final 3
22 de setembro: Usuários com NIS final 4
23 de setembro: Usuários com NIS final 5
26 de setembro: Usuários com NIS final 6
27 de setembro: Usuários com NIS final 7
28 de setembro: Usuários com NIS final 8
29 de setembro: Usuários com NIS final 9
30 de setembro: Usuários com NIS final 0