Auxílio Emergencial teve efeito maior em crianças, diz estudo

Auxílio emergencial teve efeito maior NESTE grupo; confira

De acordo com novo estudo, Auxílio Emergencial do Governo Federal ajudou a diminuir a pobreza entre as crianças brasileiras

Oficialmente, o Auxílio Emergencial chegou ao fim ainda no último mês de outubro do ano passado. No entanto, as consequências dos pagamentos do programa ainda são alvo de análises de estudos sociais. Nesta semana, uma pesquisa mostrou o impacto que os repasses tiveram na vida de crianças brasileiras.

Os números são de um estudo do economista Paulo Tafner para o Instituto de Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS). Ele afirmou que usou como base de análise os números da mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os dados da pesquisa em questão, os pagamentos do Auxílio Emergencial no ano de 2020 foram capazes de reduzir a pobreza em 2,2 pontos percentuais quando comparamos com os números de 2019, ano anterior ao período pandêmico no Brasil. A diminuição chamou a atenção dos pesquisadores.

O levantamento mostra ainda que pouco mais de 4,27 milhões de pessoas saíram da condição de pobreza no período do pagamento do Auxílio Emergencial. Vale lembrar que nos primeiros pagamentos do ano, o programa pagava R$ 600 para todas os usuários. Mães solteiras podiam acumular cerca de  R$ 1,2 mil por mês.

Neste mesmo período, o percentual de pobres do país também caiu de 19,2% em 2019 para 17% em 2020. A mesma pesquisa indica que aquela foi a maior queda nos níveis de pobreza do país em mais de uma década de análise de estudos. Tudo estaria intimamente ligado ao processo de pagamento do Auxílio Emergencial.

Crianças e adolescentes

O levantamento levou em consideração que pouco mais de 68 milhões de pessoas receberam ao menos uma parcela do Auxílio Emergencial em 2020. Eles constataram que a redução da pobreza foi mais expressiva em crianças do que em idosos.

Vale lembrar que a população mais idosa, em geral, já é atendida por programas assistenciais e previdenciários. Por isso, muitas delas não tiveram a oportunidade de receber o Auxílio Emergencial do Governo Federal.

A pesquisa aponta que entre as crianças de 0 a 5 anos de idade, a incidência de pobreza baixou de 32,6% em 2019 para 26,8% em 2020. Entre quem tem 40 e 64 anos, o percentual também caiu, mas em uma profundidade menor. A queda foi de 13,3% para 12,6% neste mesmo período comparativo.

O Auxílio Emergencial

O Auxílio Emergencial do Governo Federal começou a ser pago em abril de 2020 com o objetivo de ajudar as pessoas que não estavam conseguindo criar nenhum tipo de renda por causa dos fechamentos dos serviços durante a pandemia.

O programa chegou ao fim em outubro de 2021. O Governo Federal alegou que não existe mais a necessidade de realizar os pagamentos do projeto justamente porque a quantidade de fechamentos de serviços diminuiu.

Atualmente, o Governo Federal segue pagando benefícios como o Auxílio Brasil e o vale-gás nacional. O número de pessoas atendidas por esses projetos ainda é notadamente menor do que o visto no programa anterior. Estamos falando de uma queda de pouco mais de 50 milhões de indivíduos entre 2020 e 2022.

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