Auxílio emergencial reduz impacto negativo da pandemia na economia
Benefício foi um dos principais fatores a ajudar na recuperação parcial da economia
A pandemia do novo coronavírus já dura cinco meses. Após esse tempo, os efeitos que a pandemia teve e continua tendo na economia começam a ficar mais evidentes. Semana passada, o Banco Central (BC) divulgou que o Índice de Atividade Econômica teve queda de 10,92% entre o primeiro e segundo trimestre de 2020.
O Índice de Atividade Econômica é considerado um indicativo do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmar a queda do PIB, o Brasil entrará em recessão técnica. O resultado será divulgado dia 1 de setembro. Recessão técnica significa uma queda no nível de atividade do país durante dois trimestres consecutivos. Nos três primeiros meses de 2020, a economia do Brasil já havia registrado recuo de 1,5%.
Apesar dos índices ruins, os mais novos indicadores, que dizem respeito ao mês de junho, mostraram resultado acima do esperado. O consenso é de que o auxílio emergencial de R$ 600 teve papel fundamental em melhorar os índices e teve impacto na economia. O auxílio foi um dos fatores que sustentou a demanda de consumidores e garantiu parte da recuperação econômica.
Atualmente, a equipe econômica do governo bate na tecla de que a prorrogação deve ser feita com valor menor que os atuais R$ 600. Já os líderes dos partidos defendem que a prorrogação seja feita com mais uma parcela de R$ 600 e duas de R$ 300.
A intenção do governo é que a prorrogação seja no valor de R$ 200 ou R$ 300 até o fim de 2020, quando será feita a transição para o novo programa, até então chamado de Renda Brasil. Esse novo programa irá substituir o Bolsa Família. O governo cogita ainda uma prorrogação do auxílio, mas para um público menor.