O prazo para devolver valores recebidos indevidamente do Auxílio Emergencial voltou a ser assunto entre milhares de brasileiros. Muitas pessoas receberam notificações surpreendentes do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) para devolver quantias à União devido à combinação desse benefício emergencial com o seguro-desemprego.
Por quê exatamente essas pessoas foram notificadas? O que leva o governo a exigir a devolução desses valores? Será que você ou alguém que conhece também pode ser atingido por essa regra?
Descubra os motivos por trás dessa decisão, quem realmente precisa pagar e como regularizar a situação para evitar problemas futuros.
Por que a devolução do Auxílio Emergencial está sendo exigida?
A exigência da devolução dos valores do Auxílio Emergencial nasceu diante da identificação de pagamentos indevidos durante a pandemia de Covid-19. O benefício, que deveria ser destinado a pessoas em situação de vulnerabilidade, foi pago a cidadãos que, depois, foram detectados recebendo o seguro-desemprego simultaneamente, ou que estavam empregados formalmente, tinham renda acima do limite legal, ou acumulavam benefícios que legalmente não poderiam ser somados.
Ao todo, 177,4 mil famílias foram notificadas para devolver valores, totalizando R$ 478,8 milhões. Essas notificações começaram a chegar em março, utilizando canais como SMS, WhatsApp, e-mail e o aplicativo Notifica. A seleção focou principalmente em pessoas com maior capacidade de pagamento e valores elevados a serem restituídos.
O que mudou com a prorrogação do prazo?
O MDS anunciou a prorrogação do prazo até 11 de janeiro de 2026 para devolver os valores indevidos do Auxílio Emergencial. Esse novo período representa uma última oportunidade para que cidadãos regularizem sua situação e evitem a inscrição na Dívida Ativa da União. Vale destacar que nessa etapa extra não há possibilidade de apresentar defesa ou recorrer; a única opção é a quitação do débito.
Vale ressaltar que o não pagamento do valor solicitado dentro do prazo estabelecido levará automaticamente à inscrição do débito na Dívida Ativa da União.
Motivos para devolução do Auxílio Emergencial

Os principais fatores que levam à exigência de devolução do Auxílio Emergencial envolvem situações como:
- Vínculo de emprego formal durante o recebimento;
- Acúmulo do benefício com o seguro-desemprego inadequadamente;
- Renda familiar acima dos limites estabelecidos pela lei;
- Cadastro irregular ou dados inconsistentes informados ao governo.
Essas situações foram detectadas em cruzamentos de dados realizados ao longo dos últimos anos.
Quem está fora da cobrança para devolução?
Nem todos que receberam o Auxílio Emergencial em conjunto com outros benefícios precisam devolver o dinheiro. A legislação protege os cidadãos em situação de maior vulnerabilidade, estabelecendo critérios que isentam do processo de cobrança aqueles que:
- São beneficiários do Bolsa Família;
- Estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico);
- Receberam menos de R$ 1.800;
- Possuem renda mensal familiar per capita de até dois salários mínimos ou renda familiar total de até três salários mínimos.
Esses grupos não recebem notificações nem são incluídos nas listas de cobrança, segundo orientações oficiais do MDS.
Como consultar e pagar o débito do Auxílio Emergencial?
O processo para consultar e pagar o valor devido é simples e pode ser feito exclusivamente pela plataforma oficial do governo, o Sistema Vejae. Nele, é possível identificar o valor devido, conferir orientações e gerar boletos para pagamento. As opções de quitação disponíveis incluem Pix, cartão de crédito ou boleto/GRU simples (Banco do Brasil).
É fundamental ressaltar que o MDS não envia links ou boletos de cobrança por SMS, e-mail ou WhatsApp. Todo o processo deve ser feito pelo site oficial do Ministério ou pelos canais oficiais indicados.
Além disso, o compartilhamento de notícias falsas sobre o tema pode gerar punições legais, incluindo indenizações por danos morais. É recomendável consultar as seções de FAQ, orientações e o Guia Vejae disponíveis no próprio portal do ministério.
Como agir em caso de dúvidas sobre a devolução?
Se restar alguma dúvida sobre o débito ou procedimentos, o ideal é procurar imediatamente canais oficiais, como a Ouvidoria, disponível pelo Disque Social 121, e as redes sociais do Ministério. Também é possível obter detalhes sobre o processo, datas e valores nos suportes disponíveis no portal do MDS.
Perguntas frequentes
- Quem precisa devolver o Auxílio Emergencial?
Pessoas que receberam o benefício de forma indevida, como quem acumulou com o seguro-desemprego ou possuía renda acima do permitido, conforme detectado pelo governo. - Como realizar a devolução do Auxílio Emergencial?
A regularização e quitação do débito ocorrem exclusivamente pelo Sistema Vejae, com pagamento via Pix, boleto, GRU ou cartão de crédito. - É possível apresentar defesa ou recurso neste prazo?
Não. A prorrogação permite apenas o pagamento.
Fique por dentro de mais novidades sobre o assunto acessando o NOTÍCIAS CONCURSOS.







