O novo ano que se inicia e a pandemia do novo coronavírus, com alto número de casos registrados no país, fizeram o debate da prorrogação do auxílio emergencial ganhar cada vez mais força e apoiadores em todo o país. Antes convicto de que o benefício não seria prorrogado neste ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, já sinaliza que é possível prorrogar o benefício, desde que sejam atendidos determinados critérios.
A confirmação foi dada pelo candidato à presidência da Câmara Baleia Rossi (MDB-SP). De acordo com ele, caberá ao ministro Paulo Guedes, bem como a sua equipe de secretários, apresentarem uma sugestão para o retorno do benefício.
O presidente Jair Bolsonaro, seguindo a linha econômica do Governo, poderá chancelar uma nova prorrogação do auxílio emergencial. Entretanto, Bolsonaro deixa claro que a medida deve ser feita sem que seja necessário a abertura no espaço do Orçamento Federal.
Ademais, o deputado Arthur Lira (PP-AL), também candidato ao cargo de presidente da Câmara, reforçou que tem o apoio de Bolsonaro na candidatura também sinalizou a possível volta do auxílio por ao menos um ou dois meses. Baleia Rossi declarou que “Quando Lira vem e copia o que eu falo, não acredito que ele tenha feito isso sem um comando do Palácio”.
Novos valores e menos beneficiários
O ministro da Economia, Paulo Guedes, bem como os seus técnicos da pasta, pararam de descartar a volta do auxílio emergencial. Se antes não trabalhavam com um cenário de volta do programa, agora o benefício já é visto como uma das “últimas alternativas” do que consideram “amplo cardápio de medidas”.
Segundo membros da Economia, criar novamente o auxílio emergencial não seria coerente. O programa custou R$ 294 bilhões aos cofres públicos e o governo avalia que pode ser incoerente retomar o auxílio porque as cidades agora estão funcionando “normalmente”, o que não acontecia quando ele foi inaugurado, com a paralisação de atividades e fechamento do comércio.
Segundo um técnico da pasta de Guedes, o auxílio emergencial foi criado para que trabalhadores informais não morressem de fome enquanto estivessem em casa na pandemia. Agora, ele afirmou que “os taxistas estão nas ruas, as cidades estão movimentadas”. Porém, o auxiliar de Guedes afirmou que o governo não quer dar dinheiro para baile funk. “Tem até baile funk acontecendo. Não vamos dar dinheiro para as pessoas irem para o baile funk”, disse.
Os membros da Economia revelam que seja necessário verificar se o aumento de casos de covid-19 no Brasil aconteceu por causa das aglomerações nas festas de fim de ano ou se realmente se trata de uma “segunda onda”. Guedes teria afirmado para auxiliares que, se o Brasil voltar a registrar 1.000 mortes por dia por um longo período e novas medidas de restrição forem retomadas, ficará difícil não voltar com o auxílio emergencial.
Caso o Governo Federal opte por prorrogar o auxílio emergencial, pode ser provável que os pagamentos das parcelas continuem com o valor de R$300 ou seja um pouco menor. A expectativa pela prorrogação do auxílio emergencial em 2021 aumenta.
Na última terça-feira, 26 de janeiro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, reconheceu que o auxílio emergencial poderá voltar em 2021 caso o número de mortes por coronavírus continue crescendo no país. Além disso, o ministro revelou que para o benefício voltar, o governo deve fracassar na vacinação da população. Mesmo assim, ele ressaltou que esse cenário caso “o pior aconteça”.
Para isso, Guedes analisa a questão do aumento de número de casos pela seguinte vertente: se o aumento recente de casos do novo coronavírus não foi um reflexo pontual das festas que aconteceram no fim de ano. Por conta disso, o ministro traça atualmente dois cenários possíveis.