O auxílio emergencial pode ser ressuscitado ainda este ano. Isso porque os dois candidatos a Câmara dos Deputados com mais intenção de votos apoiam uma versão 2.0 do auxílio emergencial.
Na concorrência, Baleia Rossi (DEM-SP), o candidato de Maia, e Arthur Lira (Progressistas-AL), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro sinalizaram que devem propor medidas sociais como o auxilio emergencial.
Em visita a Florianópolis, nesta terça-feira (19), Lira disse ser necessária a votação do orçamento e colocou como hipótese da volta do auxílio emergencial.
“Nós votaremos o orçamento [ de 2021] rapidamente em fevereiro, se possível, no entendimento entre Câmara e Senado e nós tivermos um orçamento… Enquanto nós não fizermos o ajuste orçamentário com a PEC [Proposta de Emenda Constitucional] emergencial, penso eu que o governo pode ter lastro para, dependendo do valor, fazer um mês ou dois de auxílio emergencial para diminuir a condição daquelas pessoas que estão abaixo da linha da pobreza na base da pirâmide”, revelou.
Baleia já era defensor da medida e comentou a manifestação de Lira. “Até o meu candidato adversário agora começou a falar, antes ele me criticava e agora começou a repetir o que falo, diante desse momento que estamos vivendo é fundamental buscar uma forma de financiamento para o auxílio”, declarou.
Não há definição nem quanto o valor do Auxílio Emergencial, nem quantas parcelas. Também não há informações se todos os grupos que receberam o auxílio emergencial devem receber se houver uma nova rodada de pagamento.
Lira sinalizou a possibilidade de uma ou duas parcelas, mas nada está definido de fato.
A preocupação para renovação do benefício social é o teto de gastos e medidas fiscais. Mas, com o atraso na vacinação, é ainda mais possível que o benefício tenha uma nova rodada ainda este ano.
Alguma atitude ou renovação do auxílio emergencial deve acontecer somente após fevereiro, após a votação do presidente da Câmara.
Como Lira é candidato apoiado por Bolsonaro, a tendência é que suas declarações também expressem a opinião do Governo Federal.
Enquanto o auxílio emergencial não é renovado, aqueles que recebem o Bolsa Família devem continuar a receber os pagamentos, enquanto os fora deste grupo devem ficar sem amparo do governo. O que é um problema principalmente para região Norte e Nordeste.