Auxílio emergencial melhorou renda dos mais pobres
Número de brasileiros considerados pobres caiu do ano passado para julho deste ano
Um novo estudo publicado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) Social detalha o efeito do auxílio emergencial nas classes econômicas brasileiras em cada região do país. O programa ajudou a diminuir a pobreza em regiões com mais necessitados.
O número de brasileiros ganhando até meio salário mínimo caiu 28,7% na região Nordeste, 25,12% no Norte e 17,01% no Centro-Oeste. No Sudeste, o número caiu 9,67% e no Sul, 9,32%. Ainda de acordo com o levantamento, a quantidade de brasileiros considerados pobres caiu para 13,1 milhões entre 2019 e julho deste ano. Foi uma queda de 20,69%.
Em julho deste ano, havia um total de 52,1 milhões de brasileiros que recebiam até meio salário mínimo. O número representa 24,62% da população. Ano passado, eram 65,2 milhões de brasileiros considerados pobres, ou 31,04%.
Mesmo com a melhora nos índices, a pesquisa conclui e pontua que o auxílio emergencial é temporário. Por isso, a mudança não deve ser definitiva. Além da mudança na renda, a Pnad Covid-19 de julho mostrou os efeitos da pandemia em diferentes classes. Os mais pobres, que são alvo do auxílio, têm as taxas mais altas de isolamento social. Ao todo, o índice é de 27,8% entre quem tem renda inferior a meio salário mínimo e se manteve rigorosamente isolado e 48,3% que ficaram em casa, com saídas para necessidades básicas.