Com problemáticas como o atraso da vacinação para combater a Covid-19 e o fim do auxílio emergencial, o Brasil pode não estar com um cenário econômico não muito bom. É possível até uma “reversão temporária da atividade econômica”. A informação consta na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (26), que justifica a decisão do Banco Central de manter a taxa de juros em 2% ao ano.
A ata também menciona que os dados econômicos do fim de 2020 “têm surpreendido positivamente”, contúdo “não capturam os efeitos do recente aumento no número de casos de Covid-19”. “A incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual”, declarou a autorquia.
Resultados da pandemia
A pademia foi um dos fatores responsáveis por récordes históricos negativos. Um desses casos é a queda de arredação de impostos do governo federal.
Para se ter uma ideia, foram arrecadados R$ 1.479 trilhão, o que signifiou o pior resultado na última década. Os dados são da Receita Federal e foram divulgados nesta segunda-feira (25). No total, a queda no valor da arecadação foi 6,91%, em comparação com o que foi registrado em 2019.
Isso porque o governo liberou o auxílio emergencial, sem ele os números poderiam ser ainda piores. O dinheiro socorre as pessoas financeiramente afetadas pela pandemia. Contudo o calendário oficial de pagamento do benefício será encerrado nesta quarta-feira (27).
“Os programas governamentais de recomposição de renda reduziram a ociosidade no setor de bens. As atividades de serviços, entretanto, sobretudo as mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, enfrentam maior redução da demanda. Prospectivamente, a evolução desses hiatos setoriais dependerá da evolução da pandemia e do ajuste nos gastos públicos”, menciona a ata do Copom. Em outras palavras, isso pode resultar que o Produto Interno Bruto (PIB) inicie em queda no ano de 2021.
Outro resultado negativo foi o número de desemprego. É estimado que 14,1 milhões de pessoas estejam desempregadas de acordo com o úlitmo levantamento do IBGE.
Mesmo com este cenário a renovação do auxílio emergencial não foi confirmada. Apoiadores e opositores do governo apoiam a retomada do benefício.
Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a volta do auxílio emergencial só deve ocorrer se a pademia não for controlada. É esperado que a vacinação em massa ocorra rapidamente, de acordo com ele. Porém , se a padendemia voltar a crescer, de acordo com Guedes, com mortes diárias de mais de 1,3 mil pessoas, o auxílio pode voltar.
Um medida colocada por Guedes como cortes de gastos é o congelamento por dois anos nos salários de servidores públicos.