Auxílio emergencial diminui queda do verejo durante a pandemia
Neste ano, a queda de vendas do comércio deverá ser a metade do esperado devido ao efeito auxílio emergencial no consumo. Segundo o estudo da Fecomércio de São Paulo, com base em dados de todo o Brasil, o varejo que deveria recuar 13,8% no faturamento deste ano, deve ficar em 6,7% com o pagamento de R$ 600 a desempregados, informais e beneficiários do Bolsa Família.
No entanto, mesmo mais baixa, a queda no setor equivale a uma perda de R$ 141 bilhões em relação à receita do ano passado. De acordo com estimativas do comércio do país, a redução da estrutura de empresas varejistas decorrente da pandemia pode levar ao fechamento de mais de 202 mil empresas, sendo 197 mil de pequeno porte.
De acordo com a avaliação, o pagamento do auxílio emergencial durante cinco meses (de abril a agosto) foi decisiva para que o grau de deterioração não fosse ainda maior, não apenas sobre o varejo, mas também sobre todos os elos que compõem a cadeia produtiva do país.
Áreas mais afetadas
A área varejista mais afetada pela pandemia foi a de vestuário, que deve encerrar o ano com o faturamento 25% abaixo do movimento do ano anterior. Só em abril, no auge das medidas de isolamento social, a queda foi de mais de 81% em comparação ao mesmo mês de 2019.
Segundo os cálculos do setor, as quedas de vendas devem atingir todas as atividades do comércio, exceto os supermercados e as farmácias.
“Embora a taxa de quase 7% possa ser avaliada como amena, não se deve esquecer que essa taxa tem como referência o faturamento de 2019, ou seja, considerando que não ocorresse nenhum crescimento em 2020”, ressalta o estudo.
Atualmente, a equipe econômica discute a prorrogação do auxílio emergencial até dezembro, porém, nada decidido quanto ao valor do benefício. A despesa mensal do auxílio está em R$ 51,5 bilhões.