Auxílio emergencial deve ter custo de 13 anos de Bolsa Família
Prorrogação do auxílio significará gasto adicional de R$ 68 bilhões, de acordo com o governo
Foi editada nesta semana a Medida Provisória (MP) 1.000. Com ela, o governo oficializou a prorrogação do auxílio emergencial por mais quatro parcelas de R$ 300. O novo valor é metade do atual. As cinco primeiras parcelas do benefício pagam R$ 600.
Com a decisão de prorrogação, o auxílio, que já tem custo de cerca de R$ 255 bilhões, terá o custo adicional de R$ 68 bilhões, de acordo com o governo federal. A despesa total do governo com o programa deve ser de cerca de R$ 325 bilhões. O valor equivale a cerca de 13 anos de pagamento do Bolsa Família. O levantamento foi feito por Lucas Souza, mestre em economia aplicada pela Universidade de São Paulo (USP) e economista-chefe da gestora de patrimônio Berkana.
Foram levados em conta os custos por ano do Bolsa Família na última década. Os valores foram trazidos a valor presente, com correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em seguida, foi calculada a média aritmética. De acordo com o levantamento, a despesa média com o Bolsa Família é de R$ 25 bilhões a cada ano.
O ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni falou que a nova fase de pagamento do auxílio terá ajustes. “Agora [a continuação do benefício se dará], por meio de um novo mecanismo, aprimorado pela nossa experiência nesses cinco meses do programa. Daremos mais esse apoio até o final do ano para fazer a retomada econômica do Brasil, seguindo a determinação do presidente Bolsonaro de não deixar ninguém para trás”, afirmou em nota.