Embora os efeitos da pandemia da Covid-19 estejam diminuindo, as pessoas ainda sofrem bastante com o prejuízo gerado em sua vida financeira, sobretudo, após o fim do Auxílio Emergencial.
O programa atendeu mais de 39 milhões de pessoas durante sua vigência, mas foi encerrado oficialmente pelo Governo Federal em outubro do ano passado. Com isso, cerca de 25 milhões de beneficiários ficaram desamparados.
Por esse motivo e a atual crise econômica, muitos cidadãos solicitam o retorno do Auxílio Emergencial. Alguns boatos surgiram ressaltando que o benefício pode retornar em abril.
De acordo com o Governo Federal, o programa emergencial não pode ser retomado devido ao desejo de expandir o Auxílio Brasil, novo programa social que substituiu o Bolsa Família. Isso significa dizer que é inviável manter dois grandes programas.
Atualmente, o Auxílio Brasil atende mais de 18 milhões de famílias com um valor médio de R$ 400. Em suma, ele é destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. A intenção é zerar a fila de entrada do projeto.
Mesmo que o Auxílio Emergencial não retorne, novos pagamentos serão realizados. A Caixa Econômica Federal começou a repassar no início deste ano as parcelas retroativas do programa destinadas aos pais solteiros chefes de família monoparental.
Segundo o Ministério da Cidadania, cerca de 1,3 milhão de homens serão beneficiados, no entanto, até o momento, apenas 823,4 mil receberam o benefício. Ou seja, ainda faltam ser atendidos cerca de 450 mil homens.
Contudo, vale ressaltar que os pagamentos estão sendo depositados nas contas poupanças digitais do Caixa Tem. O valor do benefício pode chegar a R$ 3 mil, a depender de quanto das cinco parcelas do programa a pessoa recebeu.
Um dos motivos que o governo conta ao se justificar perante uma renovação do Auxílio Emergencial diz respeito a vontade de ampliar o Auxílio Brasil, novo programa social que substituiu o Bolsa Família em novembro do ano passado.
Vários pontos se divergem entre o Auxílio Emergencial e o Auxílio Brasil. O primeiro deles se trata da natureza do programa. Enquanto o Auxílio Emergencial é ou foi temporário (cotado no período da pandemia da Covid-19), o Auxílio Brasil é um benefício permanente, assim como era o Bolsa Família.
Tendo essas diferenças como principais, ambos os programas possuem critérios de elegibilidade também incompatíveis. Isso fez com que durante toda vigência do Auxílio Emergencial mais de 39 milhões de pessoas fossem atendidas. Em contrapartida, o Auxílio Brasil atende atualmente apenas 18 milhões de famílias.
Outro ponto muito importante de ser destacado se refere aos valores dos benefícios dos programas. O Auxílio Emergencial já concedeu quantia de R$ 150 (para pessoas solo em 2021) a R$ 1.200 (para mães solteiras chefes de famílias monoparental em 2020). Enquanto isso, o Auxílio Brasil disponibiliza uma parcela média R$ 400 aos seus beneficiários.
Diante de tais comparações, podemos dizer que o Auxílio Emergencial foi mais vantajoso em diversos aspectos. Em razão disso, parlamentares buscam o retorno do programa. Segundo o deputado Renildo Calheiros, o benefício de R$ 600 ajudaria na movimentação econômica do país.
“Esse auxílio é muito importante para milhões de brasileiros que ficaram completamente desassistidos na pandemia que ainda persiste. Muitos nem foram incluídos no Auxílio Brasil. Isso tem causado enorme sofrimento a essa imensa parcela da população”, disse o deputado.