Direitos do Trabalhador

Auxílio emergencial de R$ 150 pagará apenas 23% de cesta básica

O auxílio emergencial foi responsável por diminuir a pobreza extrema do Brasil de 11%, em 2019, para 4,5%, em 2020

A maioria dos beneficiários receberá pagamento de apenas R$ 150 no novo auxílio emergencial. Esse valor será pago, possivelmente em quatro parcelas, para cerca de 20 milhões de beneficiários. O valor é o suficiente para pagar apenas 23% da cesta básica em São Paulo, 29% em Belém e 31% em Salvador. Os valores levados em conta foram os do levantamento mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com as informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, as parcelas de R$ 150 serão pagas para os beneficiários que vivem sozinhos. Outro grupo de 16,7 milhões de beneficiários receberá parcelas de R$ 250. Diferente do que aconteceu em 2020, apenas uma pessoa por domicílio poderá receber o auxílio emergencial. As parcelas de R$ 250 serão suficientes para pagar 39% da cesta básica em São Paulo, 49% em Belém e 52% em Salvador.

E o auxílio de R$ 375 será pago para 9,3 milhões; o grupo é composto por mulheres chefes de família. Esse montante será o suficiente para pagar 59% da cesta básica em São Paulo 73% em Belém e 78% em Salvador. Cerca de 28 milhões de beneficiários que receberam o auxílio em 2020 não receberão este ano, de acordo com dados divulgados pela Rede Renda Básica Que Queremos.

Na internet, é possível encontrar produtos intitulados de “cestas básicas” por valores menores do que os levantados pelo Dieese. Mas esses produtos não têm inclusos produtos frescos, como legumes e carnes, e não compõem a conhecida alimentação balanceada e ideal para um adulto sobreviver com saúde.

Além disso, os dados levantados pelo Dieese para calcular o valor da cesta básica não leva em conta aluguel, água, luz, gás, transporte e telefone. O auxílio emergencial foi responsável por diminuir a pobreza extrema do Brasil de 11%, em 2019, para 4,5%, em agosto do ano passado. Com o pagamento finalizado em dezembro, a pobreza extrema saltou para 12,8% em janeiro de 2021. Atualmente, o Brasil tem cerca de 27 milhões de pessoas vivendo na miséria em meio à pandemia do novo coronavírus.