Auxílio emergencial aumentou renda pré-pandemia em 24%
Estudo também mostrou quais trabalhadores foram mais afetados pela pandemia
Os beneficiários do auxílio emergencial de R$ 600 tiveram aumento de renda em 24% quando comparado ao que normalmente recebiam antes da pandemia do novo coronavírus. É o que mostram os dados divulgados pelo Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getulio Vargas.
O auxílio emergencial teve mais impacto entre os trabalhadores informais. Neste caso, o aumento da renda foi de 50%. Os informais saíram de uma média de renda de R$ 1.344 antes da pandemia para R$ 2.016 enquanto recebem o auxílio.
O estudo concluiu que o auxílio emergencial mais do que compensou as perdas decorrentes da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus. Ainda assim, o estudo destaca que isso não significa que o auxílio tem um valor muito alto, e sim que o Brasil tem um nível de pobreza e de desigualdade muito altos.
O estudo mostrou também quais foram os trabalhadores mais afetados durante a pandemia. Sem levar em conta o pagamento do auxílio, a renda média de cabeleireiros e manicure caiu em 42%. De vendedor ambulante, caiu em 38%; para motoristas, caiu 36%; para vendedores a domicílio, a queda foi de 33%; para artesãos, costureiros e sapateiros, a queda foi de 33%.
O estudo divulgou também que o auxílio emergencial de R$ 600 foi pago para 64 milhões de brasileiros, com 104 milhões de pedidos. De acordo com o estudo, o auxílio abrange pessoas que não são pobres o suficiente para serem incluídas no Bolsa Família, mas ainda assim são pobres.