ATENÇÃO! O auxílio emergencial 2021 poderá ser prorrogado de novo. A possibilidade já está até nos cálculos do governo. Tanto que o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que o governo “tem recursos separados” para isso. A informação foi dada em entrevista ao jornal O GLOBO.
“Isso pode acontecer (a prorrogação da nova rodada do auxílio). Tem recursos já separados para isso. O que a gente sabe é que quando ele acabar, ele tem que aterrissar no Bolsa Família mais robusto e permanente. Tem que ser bem financiado”, garantiu Guedes na entrevista divulgada no último domingo (02).
Mesmo com essa perspectiva de prorrogação do auxílio emergencial 2021, Guedes não explicou detalhes de como o recurso virá. Atualmente o orçamento de 2021 não tem espaço para uma nova rodada de pagamento, ao menos não dentro do teto de gastos.
Guedes também não comentou qual seria o valor e número de parcelas dessa possível nova rodada do auxílio emergencial 2021.
Por conta do impacto fiscal, o auxílio emergencial tem valores menores este ano. Inclusive sendo considerado o auxílio da fome, já que não garante sequer uma condição de segurança alimentar
Os beneficiários do auxílio emergencial 2021, que teve o pagamento da 1º parcela encerrado no último dia 30, também ficaram sem o benefício nos primeiros meses do ano. O governo alegava que não havia verba para os pagamentos serem realizados neste ano.
Além de falar sobre o auxílio emergencial 2021, na entrevista Guedes também deu declarações em relação a agenda de reformas. “O presidente ia apoiar o programa liberal na economia. O presidente mesmo brinca que já foi 99%, agora é 97%, ele fala. Aí eu brinco: “Não, presidente, o senhor está em 65%”, comentou o ministro na entrevista.
Ele também comentou sobre a dificuldade que vem enfrentando para colocar o seu projeto para economia em prática. “Estou tendo que lutar dez vezes mais do que eu pensei que fosse lutar. Porque a aderência é um pouco menor do que eu pensar. Mas sem reclamação. É uma democracia”, pontuou.
Mesmo com a economia em crise, ele declarou que acredita ter tido papel fundamental até agora. “”Sem falsa modéstia, eu sei que fui crucial em momentos decisivos”, disse sem poupar elogios a sim mesmo. “A nossa velocidade de resposta à crise, a nossa capacidade de fazer uma política econômica integrada, tudo isso só foi possível porque tinha esse comando único na economia”, detalhou.