Se de um lado, membros do Palácio do Planalto estão pressionando pela prorrogação do auxílio emergencial, de outro, alguns estão se segurando para não aprovar. De acordo com informações da imprensa nacional, há neste momento um racha no Governo em relação a este benefício social.
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Nesta quinta-feira (14), o jornal O Estado de São Paulo relatou uma reunião que teria ocorrido ainda nesta semana. Quem estaria por lá era o Secretário Especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal. Ele é um dos braços direitos do Ministro da Economia, Paulo Guedes. Pelo menos é o que se sabe.
De acordo com o jornal Estadão, Funchal teria dito com todas as letras que não vai assinar a prorrogação do Auxílio Emergencial. E essa declaração teria batido forte dentro do Palácio do Planalto porque todos sabem que essa decisão precisa necessariamente da assinatura desse membro do Governo.
Segundo Funchal, ele não vai assinar a prorrogação caso o Congresso insista na ideia de abrir novos créditos extraordinários fora do teto de gastos. Não está claro se ele assinaria em outras condições, mas é provável que não. Pelo menos é isso o que dizem as principais informações de bastidores desta semana.
A pressão mais forte vem do grupo político conhecido como Centrão. Eles estariam pressionando o Governo Federal a não só aprovar a prorrogação do Auxílio Emergencial, mas também a fazer isso fora do teto de gastos púbicos. Essa manobra poderia deixar mais espaço para o pagamento de emendas parlamentares.
Guedes nos EUA
Em entrevista no início desta semana, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a falar sobre o Auxílio Emergencial. Ele, que está fazendo uma espécie de tour pelos Estados Unidos, disse mais uma vez que o programa não vai ser prorrogado.
De acordo com Guedes, essa prorrogação só aconteceria caso a situação da pandemia do novo coronavírus piorasse. Neste exato momento, números mostram uma situação de queda nas novas internações e nas novas mortes em decorrência da Covid-19.
Por isso, Guedes segue afirmando que não acha necessário aplicar mais uma prorrogação. Vale lembrar que o programa já foi prorrogado uma vez este ano. O objetivo inicial do Governo era fazer pagamentos apenas até julho.
João Roma de olho no Auxílio
Aqui no Brasil, o Ministro da Cidadania, João Roma, tem outra visão. Pelas contas dele, algo em torno de 25 milhões de brasileiros que hoje recebem algum tipo de ajuda do Governo ficarão sem nada a partir do próximo mês de novembro.
Além disso, Roma argumenta que mesmo em um cenário de queda nos casos da pandemia, a situação econômica do país ainda não estaria normalizada. Por isso, ele defende que as pessoas possam seguir recebendo o projeto por mais alguns meses.
Guedes de um lado e Roma do outro. O fato agora é que o Governo Federal tem pouco tempo para escolher qual é a narrativa que eles irão abraçar. Enquanto isso, o que se sabe é que o Auxílio Emergencial está chegando ao fim.