O Governo Federal anunciou que deve inserir algo em torno de 2,7 milhões de pessoas no Auxílio Brasil neste mês de janeiro. Com isso, o número de usuários do programa deverá se aproximar dos 18 milhões de indivíduos. De acordo com o Ministério da Cidadania, isso seria portanto o maior patamar da história do programa.
Mas as dúvidas continuam como sempre. E elas seguem vivas principalmente na cabeça das pessoas que ainda não fazem parte do programa e que não sabem exatamente como esse universo funciona. Uma das questões é sobre o pagamento do retroativo para os usuários que deverão entrar no projeto agora.
De acordo com o Ministério da Cidadania, os 2,7 milhões de beneficiários que entrarão no projeto agora não terão nenhuma chance de receber o benefício retroativo do Auxílio Brasil. E isso acontece por um motivo simples: esse adicional vai apenas para as pessoas que estavam no programa no último mês de novembro.
São brasileiros que receberam menos de R$ 400 no primeiro pagamento do Auxílio Brasil. Agora, em tese, eles teriam o direito de receber o adicional retroativo com valor correspondente. Então quem recebeu R$ 200 em novembro, passaria a ter direito de receber os outros R$ 200 agora.
Só que vale lembrar que esse retroativo não está confirmado nem mesmo para esse público. É que membros do Ministério da Cidadania já dizem que o Governo Federal não tem obrigação de fazer esses pagamentos neste momento. Até aqui, há uma grande chance de essa liberação acabar não saindo.
Já o benefício complementar é uma outra história. De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, esse é um adicional que vai todos os meses para as pessoas que recebem originalmente menos do que R$ 400.
Então o complementar vai pagar esse dinheiro que falta para esse patamar mínimo. E isso vale também para os 2,7 milhões que estão entrando agora. Eles também ganharão o adicional complementar até o final deste ano, pelo menos.
Em nota, o Ministério da Cidadania, disse que agora em janeiro o Auxílio Brasil vai chegar ao maior patamar de usuários da história de um programa permanente. O número deve chegar próximo dos 18 milhões, segundo eles.
Só que o próprio Auxílio Brasil não é um projeto permanente. Ele até pode vir a ser, mas do jeito que está desenhado, ele só está garantido mesmo até o final deste ano de 2022. Pelo menos é isso o que se sabe.
Vale lembrar ainda que mesmo com esse aumento, o número de usuários em questão também deverá ser menor do que o que vimos no Auxílio Emergencial. De acordo com o próprio Ministério da Cidadania, esse programa chegou a atender 39 milhões em 2021.
E no ano de 2020, eles atenderam ainda mais. Ainda segundo dados do Governo Federal, o Auxílio Emergencial atendeu cerca de 68 milhões de pessoas durante o primeiro ano da pandemia. Bem mais do que os 18 milhões do novo benefício.