Auxílio Brasil: Presidente do BC diz acreditar em solução rápida
De acordo com o Presidente do Banco Central, Governo está prestes a anunciar as suas definições para o Auxílio Brasil
O mês de outubro chegou, mas o Governo Federal ainda não decidiu a forma de financiamento do novo Auxílio Brasil. Vários textos ainda estão em tramitação no Congresso Nacional. Apesar da pressão em torno do Palácio do Planalto por essas informações, o Presidente do Banco Central (BC) adotou um clima de cautela.
Em um evento para uma instituição financeira neste final de semana, Roberto Campos Neto disse que a situação vai se resolver em breve. Ele disse, entre outras coisas, que o mercado está esperando por essas definições. Além disso, ele também argumentou que depois desses anúncios os ânimos irão se acalmar.
“Acredito que quando você virar a página nesse tema, nós seremos capazes de avançar e acredito que vamos virar essa página em breve”, disse Campos Neto neste evento. Ele não chegou a citar nominalmente o Ministro da Economia, Paulo Guedes e nem mesmo o Presidente do Brasil, Paulo Guedes.
De qualquer forma, Campos Neto deixou claro que este é apenas um sentimento dele. O Presidente do BC disse que não tem nenhuma informação de dentro do Governo Federal sobre o assunto. Aliás, ele afirmou que também está ansioso para saber como o Palácio do Planalto vai conseguir passar por essa situação.
“A questão é qual será a equação que vai chegar a uma solução que ao mesmo tempo resolva todas as necessidades básicas para a população mais pobre. Mas ao mesmo tempo respeite o regime fiscal que temos”, completou Campos Neto. O Governo Federal não fez, pelo menos até o fechamento desta matéria, nenhuma nova declaração sobre o assunto.
Auxílio Brasil
O plano oficial do poder executivo segue o mesmo. Eles querem aumentar o tamanho do Bolsa Família a partir do próximo mês de novembro. Entre outras coisas, eles querem também mudar o nome do benefício para Auxílio Brasil.
Hoje, de acordo com o Ministério da Cidadania, algo em torno de 14,6 milhões de brasileiros são usuários do Bolsa Família. Isso considerando também a parcela de usuários que está recebendo o Auxílio Emergencial.
A ideia do Governo Federal é aumentar essa quantidade de beneficiários para cerca de 17 milhões de pessoas. Além disso, eles também querem subir a média de pagamentos dos atuais R$ 189 para algo em torno de R$ 300.
O que falta
Mas afinal, o que falta para que o Governo tire o novo Bolsa Família do papel. De acordo com o próprio Ministro da Economia, Paulo Guedes, estaria faltando a aprovação de uma série de propostas no Congresso Nacional.
Na visão de Guedes, para aumentar o valor do Bolsa Família em 2022, o Congresso vai ter que aprovar a Medida Provisória (MP) do Auxílio e a PEC dos precatórios. Os dois documentos ainda estão em tramitação na Câmara dos Deputados.
Além disso, vai ser preciso aprovar também a Reforma do Imposto de Renda. Esse documento já passou pela aprovação da Câmara e agora está no Senado Federal. Só que essa pauta vem encontrando muita resistência entre os senadores.