Mais de 18 milhões de brasileiros receberam o dinheiro da 8ª parcela do Auxílio Brasil do Governo Federal em junho. Nesta quinta-feira (30), o Ministério da Cidadania conclui os pagamentos da rodada. O grupo que encerra as liberações do mês é formado pelas pessoas que possuem o Número de Inscrição Social (NIS) final 0.
Quem tem o NIS finais de 1 a 9 já recebeu o montante em datas anteriores. De acordo com o Ministério da Cidadania, o número de usuários do programa em junho foi basicamente o mesmo registrado nas liberações de maio. A pasta informou que pouco mais de 10 mil pessoas entraram no benefício entre um mês e o outro.
Os valores dos pagamentos seguiram os mesmos. Ainda conforme informações do Ministério da Cidadania, em junho seguiu valendo a lei que impedia que qualquer usuário do Auxílio Brasil recebesse menos do que R$ 400 por mês. Assim, alguns cidadãos puderam receber um pouco mais, mas nenhum recebeu menos do que o exigido em lei.
As possibilidades de movimentação do dinheiro também seguiram as mesmas. Os cidadãos podem usar o app do Caixa Tem para mexer na quantia de forma virtual. Por lá, é possível pagar contas em forma de boletos, realizar transferências e até mesmo fazer algumas compras virtuais. Quem prefere pegar o saldo em espécie, pode sacar a quantia usando o cartão do antigo Bolsa Família.
Em junho, quem não conseguiu receber os R$ 400 completos, pode procurar pela segunda parte do montante em outras contas, ou ainda entrar em contato com a Caixa Econômica Federal e o Ministério da Cidadania. Quem foi excluído do programa entre maio e junho, pode entrar no app do Auxílio Brasil, verificar o motivo da exclusão e tentar resolver o problema.
Embora o Ministério aponte que o número de usuários do programa social tenha aumentado no mês de junho, o fato mesmo é que a fila de espera seguiu quase inalterada neste meio tempo. Nesse sentido, a lista é formada por pessoas que atendem a todos os critérios de entrada no projeto, mas que ainda assim não recebem nada.
Segundo o Governo Federal, a fila de espera se forma quando o número de indivíduos aptos ao recebimento de determinado benefício é maior do que a quantidade de vagas disponíveis. Dessa forma, estes precisam esperar por novas oportunidades.
De acordo com a CNM, pouco mais de 2,8 milhões de brasileiros estavam na fila de espera no último mês de abril. O Ministério da Cidadania indica um número menor. Conforme a pasta, são pouco mais de 700 mil cidadãos nesta situação.
De qualquer forma, o Governo Federal indica que tentará zerar a fila de espera para entrada no programa, à exemplo do que aconteceu em janeiro deste ano. Na ocasião, o Ministério da Cidadania conseguiu inserir todas as pessoas de uma só vez.
Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (29), o relator da PEC do estado de emergência, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), confirmou o plano do Governo Federal de inserir mais de 1,6 milhão de brasileiros ao programa no segundo semestre.
Inicialmente, o Congresso iria votar a PEC na própria quarta (29). Todavia, a análise do texto foi adiada para esta quinta-feira (30). Aliados do Governo Federal correm para tentar aprovar a proposta ainda nesta semana.