Economia

Auxílio Brasil: governo não consegue antecipar a parcela de setembro

Ao contrário do mês de agosto, em setembro o governo federal não antecipará as parcelas do Auxílio Brasil. A antecipação não ocorreu por conta das inconsistências nos dados das contrapartidas exigidas pelo benefício, como frequência escolar e vacinação.

Deste modo, os pagamentos do Auxílio Brasil serão realizados seguindo o calendário original, que levava como base os pagamentos do Bolsa Família, que pagava seus beneficiários nos 10 últimos dias úteis do mês. O decreto foi publicado em uma instrução normativa no “Diário Oficial da União”. A principal intenção da pasta foi iniciar os depósitos nesta sexta-feira (9), continuando os pagamentos durante dez dias úteis.

Calendário de pagamento do Auxílio Brasil

Após Jair Bolsonaro adicionar R$ 200 aos R$ 400, durante o ano eleitoral, os beneficiários passarão a receber o valor integral de R$ 600 até o mês de dezembro. Contudo, para o ano de 2023 o valor retornará aos R$ 400, assim como o enviado no Orçamento Anual de 2023.

Confira a seguir as datas de pagamento do Auxílio Brasil previstas para até o fim do ano:

 

Final do NIS Setembro Outubro Novembro Dezembro
1 19 18 17 12
2 20 19 18 13
3 21 20 21 14
4 22 21 22 15
5 23 24 23 16
6 26 25 24 19
7 27 26 25 20
8 28 27 28 21
9 29 28 29 22
0 30 31 30 23

Outro fator que impediu a antecipação dos valores para este mês está relacionado a dificuldade da Caixa Econômica Federal com os dados para pagamento digital, além da atual zeragem da fila de espera do benefício.

Orçamento anual para 2023

No dia 31 de agosto, o governo de Jair Bolsonaro estabeleceu o Orçamento Anual para 2023, no qual foi enviado ao Congresso Nacional. No orçamento foi estabelecido um valor médio de R$ 405 para o Auxílio Brasil para o ano que vem. Deste modo, em janeiro o benefício deve retornar aos seus valores antigos, quando não tinha o bônus de R$ 200, que dura ainda até dezembro de 2022.

Contudo, nos últimos meses, o presidente da república informou uma proposta de campanha para manter o valor em R$ 600 ainda no ano que vem. Dizendo que retiraria os recursos para tal feito da venda de estatais.

Da mesma maneira, outros candidatos da oposição também pretendem manter o valor atual para o ano que vem, e dão ideias de aumentar o mesmo. Nos planos entregues ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por Lula e Ciro, os candidatos planejam revogar o teto de gastos e construir um novo regime fiscal. De acordo com os políticos, este novo regime teria uma maior flexibilidade. Contudo, a equipe de Bolsonaro aposta em um novo modelo de meta fiscal, ancorado na dívida pública.

De acordo com o texto enviado ao Congresso, a equipe de Bolsonaro afirmou que “enviará reforços” para tentar manter o valor do Auxílio Brasil em R$ 600. Contudo, eles não detalharam nenhum plano para alcançar tal meta.