Dados mais recentes do Ministério da Cidadania e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) mostram que a fila de espera do Auxílio Brasil cresce neste momento. Aliás, o crescimento é maior e mais rápido do que aquele que se observava na lista de entrada para o programa neste mesmo período de tempo.
É o que mostram os dados oficiais. Com exceção do último mês de janeiro, em todas as outras ocasiões do ano até aqui, a fila de espera apresentou um crescimento maior. De acordo com os dados oficiais, cerca de 1,3 milhão de pessoas estão aguardando pela abertura de vagas para o Auxílio Brasil neste momento.
Entre os meses de abril e maio, por exemplo, os números apontam que mais de 40 mil pessoas entraram na folha de pagamentos do Auxílio Brasil. Ainda não há dados sobre o crescimento da fila de espera neste período. Todavia, entre os meses de fevereiro e março, estima-se que mais de 300 mil brasileiros entraram na fila.
O número cresce porque a quantidade de pessoas que entram no Cadúnico com o objetivo de ingressar no Auxílio Brasil é maior que o número de brasileiros que de fato adentram no programa por mês. O Ministério da Cidadania, que é a pasta responsável pelos pagamentos, explica que tudo se trata de uma questão de falta de espaço no orçamento.
Dados oficiais apontam que o Governo Federal tem pouco mais de R$ 89 bilhões disponíveis para os pagamentos do Auxílio Brasil neste ano. O montante é suficiente para pagar sempre algo além dos R$ 400 para mais de 18 milhões de pessoas. Em maio, por exemplo, estima-se que mais de 18,1 milhões receberam o saldo.
O processo de entrada no Cadúnico precisa acontecer sempre de maneira presencial. O Ministério da Cidadania explica que as prefeituras de cada município são responsáveis pelo procedimento de inscrição na lista do Governo Federal.
Dessa forma, o primeiro passo que um cidadão precisa dar para ingressar no Cadúnico é entrar em contato com a prefeitura para entender como o procedimento funciona por lá. Normalmente, as gestões indicam uma visita para algum Centro de Referência em Assistência Social (CRAS).
Recentemente, o Governo Federal anunciou uma atualização no sistema do app do Cadúnico. A partir de agora, o cidadão pode iniciar o processo de entrada na lista por lá, ou seja, de maneira remota, sem precisar sair de casa.
Oficialmente, o Governo Federal não tem obrigação de acabar com a fila de espera do Auxílio Brasil. Não há nenhuma lei que obrigue o Palácio do Planalto a inserir todas as pessoas que atendem aos critérios exigidos no programa.
Dessa forma, não é possível saber quando ou se a fila de espera para o projeto chegará ao fim. No entanto, informações de bastidores dão conta de que é pouco provável que a lista seja zerada, justamente pela falta de espaço no orçamento.
Por fim, mesmo que a fila de espera não zere, a expectativa é que mais pessoas entrem na folha de pagamentos de junho. Mesmo que não exista vaga para todos, ao menos uma parte conseguirá entrar no projeto.