O Governo Federal está concluindo nesta segunda-feira (31) a primeira leva de pagamentos do ano do seu Auxílio Brasil. De acordo com as informações oficiais, algo em torno de 17,5 milhões de pessoas receberam esse benefício nas últimas semanas. Agora, todo mundo quer saber o que vai acontecer a partir dos próximos meses.
Uma das dúvidas sobre o programa está circulando nesta semana pelas redes sociais. “Eu estou desempregado há quatro anos. Quem está nesta situação tem algum tipo de prioridade?”, perguntou um usuário em seu perfil oficial do Twitter. De acordo com o Ministério da Cidadania, o fato de estar desempregado não está no rol das prioridades.
Explica-se: para se entrar no Auxílio Brasil, o primeiro passo é ter um cadastro ativo no Cadúnico. Então mesmo que você esteja sem emprego há 10 anos, nada disso vai importar se você não estiver nesta lista. O Governo vai entender que quem não tem o cadastro não vai poder receber esse benefício nem agora e nem depois.
O que pode acontecer é que quem não tem emprego vai certamente ter uma renda per capita menor. E aí as chances de recebimento para quem está nessa situação são de fato maiores. De acordo com as regras do programa, quem está em condição de extrema-pobreza e está no Cadúnico tem direito de pegar o benefício.
De toda forma, independente de qual seja a sua situação, é preciso esperar. É que mesmo que você tenha o direito de receber o benefício, isso não quer dizer que você vai de fato receber essa quantia. É preciso esperar até que o Ministério da Cidadania decida quem vai poder receber o projeto e quem vai ter que esperar.
Também é preciso tomar cuidado com alguns pontos. Vamos imaginar uma situação em que você não tem emprego, mas todo mundo na sua casa tem. Nesse caso, a sua renda per capita vai muito provavelmente ser alta.
Vale lembrar que para ter direito ao Auxílio Brasil é preciso ter uma renda per capita de até R$ 105. Isso vai configurar uma situação de extrema-pobreza. E nesse caso, o cidadão tem direito e prioridade no recebimento do programa.
Quem recebe uma renda per capita que vai entre R$ 106 e R$ 210 também pode receber o benefício. Mas neste caso, é importante dizer que o cidadão precisa morar com uma gestante ou pelo menos um menor de 21 anos de idade.
Quando aprovou a PEC dos Precatórios, o Congresso Nacional lançou um dispositivo. Esse trecho do texto dizia que o Governo não poderia mais permitir a formação de filas de espera para receber o Auxílio Brasil.
Acontece, no entanto, que quando esse documento chegou nas mãos do presidente Jair Bolsonaro a situação mudou. De acordo com as informações oficiais, ele optou por vetar o dispositivo. O Governo não tem mais obrigação de zerar a fila.
Tudo isso quer dizer que mesmo que você não tenha emprego há muito tempo, esteja no Cadúnico e tenha uma renda per capita dentro dos limites exigidos, ainda assim vai ser preciso esperar. Isso porque no final das contas, o Governo vai poder escolher quem entra e quem vai esperar.