Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, Bruno Bianco, o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEm) não deve ser prorrogado.
“Eu não vejo, o governo não vê, necessidade de prorrogação”, disse o secretário em Brasília, nesta quinta-feira (1º).
“Se necessário, levaremos esta necessidade ao ministro [Paulo Guedes] e também ao presidente da República [Jair Bolsonaro], mas tudo indica que, com o casamento entre uma política muito bem-sucedida de vacinação e a retomada [econômica] que estamos vendo e as novas políticas que virão no pós-pandemia, temos tudo para dizer que o BEm não será prorrogado, não nestes moldes”, declarou Bianco.
O secretário ainda disse, que os pedidos para os acordos de redução de jornada e salário, bem como da suspensão temporária do contrato estão diminuindo. Neste sentido, ele sugere que o governo priorize outras medidas que estimule a preservação de emprego no país.
Garantia provisória de emprego
“Estamos trabalhando de maneira efetiva [na formulação de] políticas ativas de emprego, com [foco em] um público mais vulnerável, que são os jovens, na qualificação no trabalho e com políticas que evitem demissões e privilegiam a todos que ajudam a não demitir”, acrescentou Bianco.
Conforme os dados do ministério, desde o lançamento do programa em abril até o dia 26 de junho, 2.386.284 trabalhadores garantiram a sua vaga provisória de emprego devido ao acordo. Cerca de R$ 1,7 bilhão em recursos foram utilizados neste período.
Com relação aos acordos, dos 2.666.161 acordos realizados, 58% preveem a suspensão temporária dos contratos de trabalho. Os demais estabelecem reduções de jornada e salário de 70% (689.580), 50% (502.822) e 25% (350.097).