A intolerância religiosa consiste em um problema que se arrasta por séculos. Sua existência faz surgir perseguições com potencial de devastar não só pessoas, mas sociedades inteiras.
Por ser tão atual e importante, o tema sempre surge em questões de vestibulares e do ENEM. Desse modo, vale muito a pena entender seus conceitos e como ocorre no mundo.
Conceito básico
A intolerância religiosa é um termo usado para definir a incapacidade de grupos ou indivíduos a aceitarem a religião ou crença de outras pessoas.
Ela é caracterizada sobretudo pela discriminação, violência física e ideológica, o qualquer ato que prejudique a liberdade de culto.
Esta repressão é consequência de um processo histórico de doutrinação. Mesmo com medidas públicas visando garantir a liberdade de expressão e o culto, o mundo todo ainda sofre com casos de intolerância religiosa.
Intolerância religiosa no mundo
A intolerância religiosa faz parte de uma parte triste da história da humanidade. Através dela, foram causadas guerras e mortes de milhares de pessoas.
Os primeiros a serem perseguidos foram os adeptos do cristianismo, tal perseguição foi promovida pelo Império Romano, que os via como ameaça pela gigante propagação da religião.
No entanto, depois de tornarem-se um religião legal, os cristãos discriminaram pagãos, judeus e muçulmanos.
Um grande exemplo de intolerância religiosa, aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial, tornando-se um dos mais terríveis crimes contra a humanidade, matando milhões de judeus através do holocausto.
Num exemplo mais recente, podemos citar, territórios onde o islamismo é propagado de forma extremista, expulsando ou matando quem não concorda com suas doutrinas.
Em alguns países do Oriente Médio, como no Iraque e Síria, vertentes islâmicas diferentes (Sunitas e xiitas) protagonizam sérios conflitos e guerras civis.
Intolerância religiosa no Brasil
O Brasil é um Estado laico, de acordo com a Constituição Federal de 1988. Desta forma, deve ser uma nação independente, sem interferência de instituições religiosas.
Ou seja, é uma forma de assegurar a liberdade de escolha. Além disso, a intolerância religiosa é considerado crime de ódio.
Entretanto, tal proteção só se tornou possível com a instalação do governo republicano no final do século XIX. Até essa época a religião oficial no Brasil era o catolicismo e as outras religiões banidas.
A intolerância em solo brasileiro, começou com a chegada dos portugueses e a catequização dos índios, que tiveram que renegar suas crenças e tradições.
Nesse sentido, a vinda de escravos africanos posteriormente geraram as mesmas ações. Eles tiveram que renegar suas crenças e cultuar orixás através de santos católicos.
A chegada da imigração alemã e pastores da Igreja Luterana trouxe consigo o confronto ao catolicismo. Com a consolidação da República, entretanto, a liberdade de culto foi mais flexível.
A saber, ainda nos dias de hoje, as religiões de origem africana como a umbanda e o candomblé são vistas com muito preconceito.
Ademais, mesmo com a crescente alta das religiões evangélicas e espíritas, elas também são alvos de intolerância religiosa por parte da população.
Para dar holofote ao tema, que tem extrema importância, criou-se no Brasil o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado em 21 de janeiro.