Diversos problemas sociais, políticos e econômicos aparecem nas provas de vestibulares de todo país, assim como no Enem. Dito isso, ficar atento ao tema das milícias tornou-se importantíssimo, principalmente por sua abordagem atual. Vamos entender.
O que é uma milícia?
A milícia pode ser compreendida como um poder paralelo, que não faz parte da polícia nem das forças armadas do país.
A saber, constitui-se por militares, paramilitares ou civis armados. Todas utilizam-se da força para extorquir o povo de determinada região.
No entanto, as milícias ao redor do mundo não eram apontadas como facções criminosas, uma vez que sua atuação sobretudo no Oriente Médio onde elas eram usadas como componente extra oficial das forças de combate. Sobretudo, quando há guerra civil ou combate a inimigos diversos.
Contudo, a milícia ganhou uma nova conotação, após a concentração de organização em locais urbanos, onde o Estado é quase nulo, como por exemplo as favelas do Rio de Janeiro.
Nesses locais, as milícias constituem-se por alguns agentes públicos de segurança, principalmente policiais ou ex-policiais, assim como, civis armados também fazer parte da organização.
Como elas atuam?
No cenário atual, as milícias consistem em grupos criminosos composta por policiais, ex-policiais e civis armados. Elas buscam o controle extorsivo das comunidades localizadas nas maiores cidades do país.
Seus objetivos são a obtenção de vantagens econômicas, políticas e sociais. Atuando nas comunidades, onde o Estado quase não atua, elas oferecem diversos serviços, como segurança contra o tráfico e a própria milícia, venda de água, botijões, internet, TV a cabo, além de participarem do tráfico de drogas.
Alguns especialistas compreende a formação das milícias como uma evolução dos grupos de extermínios. No início esses grupos extorquiam os cidadãos à base de taxas de proteção, posteriormente começou a dominar diversos serviços básicos, aumentando seus lucros e seu poder.
Ademais, as milícias dominam boa parte das periferias sobretudo no Rio de Janeiro. Elas se fortalecem pela falta de estrutura, de interesse dos governantes, e até mesmo se apoiam na corrupção de alguns políticos.
Como as milícias surgiram?
As milícias no Brasil, surgiram no Rio de Janeiro, nos anos 80. Onde os próprios civis formavam organizações para oferecer proteções para a comunidade.
Posteriormente, agentes do Estados, recebem o direito à moradia em conjuntos habitacionais, sobretudo na região oeste do Rio de Janeiro. Os mesmos, se organizaram para combater traficantes que comandavam as comunidades da região que moravam.
Em conclusão, o crescimento das milícias se deram após a oportunidade de exploração econômica por parte dos agentes nas comunidades carentes, principalmente com as expulsões de traficantes.