Na data de ontem, quarta-feira, dia 20, o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou as deliberações sobre a Revisão da Vida Toda, um tema de grande interesse para os aposentados e pensionistas que recebem benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Afinal, esta revisão pode resultar em um aumento significativo nos pagamentos mensais. Para se ter uma ideia mais concreta, alguns beneficiários podem receber um acréscimo considerável, podendo chegar a até R$ 50 mil em uma única parcela.
Entretanto, este julgamento não é desprovido de controvérsias. O INSS interpôs um recurso contra a Revisão da Vida Toda, alegando que a aplicação desse método acarretaria em prejuízos financeiros expressivos aos cofres públicos.
Assim, o Instituto sustenta que recalcular os benefícios com base em todo o histórico contributivo traria impactos financeiros consideráveis e não justificados.
A expectativa é de que até o muito em breve os ministros do STF cheguem a uma conclusão sobre este assunto tão relevante.
Enfim, convidamos você a acompanhar a leitura que preparamos abaixo, afinal compreender as implicações desse processo de mudanças nas diretrizes do INSS é fundamental para todos os envolvidos.
Fique conosco para esclarecer suas dúvidas e se manter atualizado sobre os desdobramentos dessa iniciativa.
Descubra quanto você pode receber na revisão do INSS!
Como mencionamos anteriormente, a Revisão da Vida Toda representa uma significativa mudança nos cálculos de aposentadorias e pensões do INSS.
Em essência, propõe-se que as contribuições previdenciárias anteriores ao advento do Plano Real sejam consideradas para calcular o valor dos benefícios.
Em termos simples, essa proposta implica que as contribuições realizadas antes de 1994 passem a ser consideradas no cálculo do valor da aposentadoria ou pensão.
Portanto, se você foi segurado do INSS e se filiou até 26 de novembro de 1999, a média salarial será determinada utilizando 80% das maiores contribuições feitas a partir de julho de 1994.
Isso significa que apenas as contribuições feitas em real serão levadas em conta, enquanto os valores contribuídos em cruzeiro não serão considerados.
Por conseguinte, o montante a ser liberado pela revisão da vida toda dependerá do salário atual do aposentado ou pensionista. O objetivo fundamental desse recálculo é:
- Incluir no cálculo da aposentadoria ou pensão as contribuições feitas pelo segurado antes de julho de 1994, período em que os pagamentos eram realizados em cruzeiro, não em real.
É importante ressaltar que essa revisão é particularmente benéfica para aqueles que possuíam salários elevados antes de julho de 1994. Aqueles que recebiam valores mais baixos não sentirão uma diferença significativa.
Para determinar exatamente quanto você poderia receber em seu novo benefício ou quanto poderia ser pago em indenização pelo INSS, é recomendável procurar um advogado previdenciário especializado, que poderá realizar os cálculos necessários.
Quais são as pautas debatidas atualmente?
- Estabelecer um prazo para revisão dos benefícios, indicando a partir de quando os pagamentos podem ser modificados e para quem;
- Como será realizado esse cálculo, isto é, quais critérios e valores serão adotados, incluindo o divisor mínimo;
- De que forma essas mudanças afetam o orçamento do INSS.
Por fim, vale ressaltar que, após a decisão do STF, todas as demandas judiciais que buscam revisar a contagem da ‘vida toda’ seguirão um padrão uniforme de análise. Dado que a alteração do benefício requer ação judicial, a revisão não será automática.
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Para aqueles que desejam ajustar o valor de seu benefício do INSS e ainda receber retroativamente os valores que lhes são devidos, é necessário iniciar uma ação na Justiça Federal para solicitar a revisão da vida toda.
Esse processo implica em requerer uma nova avaliação do benefício, levando em consideração toda a vida contributiva do segurado.
Entretanto, é importante destacar que o cálculo só será realizado e aprovado caso a revisão seja considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), tornando-se imprescindível aguardar a decisão final da corte.
Além disso, segundo análises realizadas pelo Instituto de Estudos Previdenciários (Ieprev), embora cerca de 2,6 milhões de benefícios do INSS possam ser passíveis de correção, apenas 382,7 mil têm efetivamente direito a essa revisão.
Portanto, se você acredita que pode se beneficiar dessa medida, é fundamental buscar orientação jurídica especializada.
Mas, antes de tudo, você deve acompanhar atentamente o desenrolar desse processo judicial, buscado garantir seus direitos previdenciários de forma justa e legal.