O Governo Federal está empenhado em oferecer uma nova oportunidade à população brasileira para que possa renegociar suas dívidas de forma mais acessível. Além do já implementado programa “Desenrola“, atualmente, encontra-se em fase de tramitação um projeto de lei que visa viabilizar a renegociação das dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
O FIES desempenha um papel crucial ao fornecer recursos financeiros para estudantes que buscam pagar as mensalidades de instituições de ensino superior privadas em todo o país.
Esse sistema oferece aos alunos uma taxa de juros mais baixa em comparação com outras opções de financiamento disponíveis no mercado.
Entretanto, um desafio significativo tem sido a alta taxa de inadimplência, que atinge a marca preocupante de 52%. Diante desse cenário, o Governo Federal está determinado a encontrar soluções que auxiliem aqueles que estão em atraso a quitarem suas dívidas.
Isso não apenas aliviará a pressão financeira sobre os estudantes e ex-estudantes, mas também contribuirá para a redução dos prejuízos enfrentados pelas instituições de ensino e pelo próprio Governo, que é o garantidor desses financiamentos.
A proposta em andamento busca, portanto, criar um ambiente mais favorável para que aqueles que estão endividados pelo FIES possam regularizar sua situação financeira de forma justa e equitativa.
Enfim, preparamos esse texto com muitas informações importantes que vão te ajudar a esclarecer as suas dúvidas sobre o novo projeto de renegociação de dívidas do governo federal. Vem com a gente!
Quem poderá participar da renegociação de dívidas do FIES?
Conforme delineado no projeto, a renegociação de dívidas do FIES abrangerá exclusivamente as dívidas que atingiram o seu vencimento até a data de 30 de junho deste ano, permanecendo sem quitação.
Adicionalmente, os termos da renegociação variarão, considerando tanto o tempo de inadimplência quanto as características individuais do devedor.
Como resultado, os estudantes do FIES terão à sua disposição as seguintes alternativas:
- Dívidas com mais de 90 dias: Neste caso, os devedores poderão usufruir de um generoso desconto de 12% sobre o montante total da dívida e de uma dispensa completa dos encargos caso optem pelo pagamento integral à vista. Alternativamente, terão a oportunidade de se beneficiar com uma isenção integral dos juros e multas, com a possibilidade de parcelamento do valor total em até 150 prestações.
- Dívidas com mais de 360 dias: Para os alunos e ex-alunos que estão cadastrados no Cadastro Único (CadÚnico) ou que foram beneficiados pelo Auxílio Emergencial no ano de 2021, há uma opção de desconto substancial, alcançando 99% no caso de pagamento à vista. Aqueles estudantes que se encontram em situação de atraso superior a um ano e não satisfazem os critérios mencionados anteriormente, ainda assim, poderão contar com um desconto de 77% ao quitar o valor total da dívida.
Com isso, a proposta visa proporcionar aos devedores opções flexíveis de pagamento, de acordo com a situação de cada um, com o objetivo de facilitar a regularização de suas pendências financeiras relacionadas ao FIES.
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Arrecadação pelo projeto
O projeto de lei em questão enfatiza a importância da renegociação das dívidas relacionadas ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), projetando uma significativa arrecadação estimada em R$ 108 milhões.
Na terça-feira (05), este importante documento foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora aguarda a análise e deliberação do Senado. Além da temática central sobre o FIES, a proposta legislativa também aborda outros assuntos cruciais no âmbito da educação.
Uma das áreas destacadas é a continuação das obras que estavam paralisadas, visando melhorar a infraestrutura e as condições de ensino em instituições educacionais. Essa iniciativa contribuirá para o aprimoramento do sistema educacional e o bem-estar dos estudantes.
Outro ponto relevante abordado pelo projeto é o teto de contribuição das empresas que atuam como mantenedoras do fundo.
A definição desse limite financeiro desempenha um papel fundamental na gestão e sustentabilidade do FIES, garantindo que as empresas contribuam de maneira adequada e justa para o financiamento dos estudos superiores no país.
O próximo passo é a análise e votação no Senado, onde será discutido e, potencialmente, aprimorado antes de ser convertido em lei.
Em resumo, o projeto de lei não apenas busca aliviar a carga das dívidas do FIES, mas também visa aprimorar o cenário educacional do Brasil, investindo em infraestrutura e regulando as contribuições das empresas para o fundo, auxiliando assim o desenvolvimento do sistema educacional do país.