As teorias evolucionistas buscam construir ideias sobre a evolução dos seres vivos, incluindo o homem e os animais.
Esse tópico é muito abordado pelos vestibulares e pela prova do ENEM, principalmente em questões de biologia.
Assim, é essencial que você domine as principais características das teorias evolucionistas para garantir um bom desempenho em suas provas.
Até meados do século XVIII, biólogos e demais estudiosos defendiam a teoria fixista, que afirmava que os seres vivos foram criados em um determinado momento e não sofreram nenhuma modificação ao longo do tempo. Dessa forma, os defensores dessa teoria não acreditam na evolução biológica.
Porém, no século XVIII, com a descoberta dos fósseis e dos estudos sobre os mesmos e o desenvolvimento da anatomia, novas ideias surgiram que, por sua vez, não defendiam os dogmas do fixismo, mas afirmam que os organismos sofreram e ainda sofriam mudanças.
Essas teorias seriam denominadas de teorias evolucionistas. Podemos afirmar a existência de quatro diferentes teorias que analisaram a evolução. São elas: criacionismo, lamarckismo, darwinismo e neodarwinismo. Vamos, a seguir, analisar cada uma delas.
Enquanto teoria evolucionista, o criacionismo afirma que os seres vivos teriam surgido da criação de Deus e que Ele havia criado os organismos assim como eles são hoje. Dessa maneira, os adeptos dessa teoria afirmam que nenhum ser sofreu nenhum tipo de modificação com o tempo, permanecendo sempre iguais.
O criacionismo foi muito defendido por estudiosos da Idade Média.
A teoria lamarckista recebe esse nome em homenagem ao seu principal idealizador: Jean-Baptiste Lamarck. Lamarck viveu entre os séculos XVIII e XIX e, dessa maneira, vivenciou diretamente as novas descobertas arqueológicas e biológicas.
Constatando que os organismos se modificavam de diferentes formas com o tempo, Lamarck propôs duas leis: a lei do uso e desuso e a lei dos caracteres adquiridos.
Por meio da primeira lei, Lamarck explica que quando um determinado ser vivo faz um grande uso de alguma parte de seu corpo, essa parte acaba, com o tempo, se desenvolvendo mais do que outras. Da mesma maneira, quando um ser deixa de utilizar determinado membro ou órgão, esse se torna desnecessário e se atrofia. Atualmente sabemos que essa lei não é correta, uma vez que as características dos seres vivos são determinadas pelos genes e, dessa maneira, usar mais ou menos certa parte do corpo não poderia causar alterações nas gerações futuras.
A segunda lei de Lamarck é denominada de lei dos caracteres adquiridos. Essa lei se relaciona muito com a primeira e afirma que as características desenvolvidas ou atrofiadas por determinado organismo seriam transmitidas geneticamente para os seus descendentes, modificando as próximas gerações.
Charles Darwin, biólogo do século XVIII, é conhecido, devido às suas contribuições, como o “pai da evolução”. Darwin foi o responsável por notar, pioneiramente, que existiam diversas modificações entre os organismos. Essa descoberta foi realizada durante a sua viagem pelo mundo, passando pela Ilha de Galápagos.
O estudioso também percebeu que uma mesma espécie poderia apresentar algumas diferenças de acordo com o tipo de ambiente em que viviam. Essa observação foi realizada a partir da análise da variações de bicos entre os pássaros.
A principal ideia de Darwin se refere à teoria da seleção natural. Para ele, os seres vivos são submetidos à uma luta constante pela sobrevivência e somente aqueles mais capazes de sobreviver irão sobrevier e serão, posteriormente, selecionados pelo ambiente. Os não-selecionados poderão ser extintos.
O neodarwinismo, também conhecido como teoria sintética da evolução, é uma teoria criada no século XX a partir da contribuição de diversos estudiosos que buscaram, de certa forma, “atualizar” as teorias de Darwin, procurando explicações para aquilo que ele não conseguiu explicar.
Os estudiosos buscaram incorporar conhecimentos genéticos para explicar possíveis falhas na teoria da seleção natural. Assim, algumas características poderiam ser transmitidas aos descendentes de determinado ser vivo devido à um erro genético, ou seja, à uma mutação.