As Guerras Púnicas: tudo aquilo que você precisa saber
As Guerras Púnicas envolveram uma série de conflitos que atingiram profundamente toda a história do século III a.C.. Além disso, as consequências dos embates também foram de suma importância.
Dessa maneira, o assunto pode aparecer nas suas provas de história geral, principalmente naquelas de vestibulares. Assim, é fundamental que você domine as principais características das Guerras Púnicas.
As Guerras Púnicas: Introdução
O termo Guerras Púnicas se refere à uma série de conflitos entre Cartago e o Império Romano, que disputavam os domínios sobre o Mar Mediterrâneo.
Os embates, motivados também por questões econômicas, se iniciaram no ano de 264 a.C. e terminaram somente no ano de 146 a.C..
As Guerras Púnicas: Antecedentes Históricos
A partir do século III a.C., Roma desejava expandir o seu poderoso império. Diversos motivos podem ser citados entre aqueles que motivaram o início da expansão romana. O primeiro é a necessidade de mão-de-obra: os trabalhadores romanos eram, em grande maioria, escravos de guerra. Assim, guerras com outros territórios e domínios se faziam necessárias para o abastecimento constante de escravizados. O segundo motivo é a busca pela consolidação do comércio em todo o continente europeu, uma parte do continente africano e uma parte da Ásia, garantindo a obtenção constante de lucros a partir da exportação de produtos, principalmente de azeite e vinho.
Dessa forma, para consolidar a sua expansão, diversas expedições foram organizadas com o objetivo de incorporar novos territórios ao Império. E entre essas podemos citar as Guerras Púnicas.
Antes da declaração de guerra, Cartago e Roma mantinham boas relações. Porém, no século III a.C., os objetivos de expansão era maiores que qualquer relação amistosa. Assim, o Império Romano declara guerra aos cartagineses.
As Guerras Púnicas: Os conflitos
As Guerras Púnicas podem ser divididas em três momentos principais. O primeiro deles ficou conhecido como Primeira Guerra Púnica e se iniciou no ano de 264. O conflito conheceria seu fim somente no ano de 241 a.C. e, nessa fase os dois exércitos inimigos disputavam o domínio sobre a Sicília, na atual Itália, e territórios do Norte da África.
Os romanos se prepararam muito e, depois de estudar o modo de organização do exército inimigo, desenvolveram táticas que poderiam ser eficientes contra os cartagineses. Além disso, o Império recebeu também o apoio dos inimigos de Cartago.
Os romanos invadem territórios cartagineses. Em clara desvantagem, os cartagineses são forçados a assinar um acordo. Por meio do tratado, Cartago cederia as ilhas Sicília, de Córsega e da Sardenha para os romanos. Eles deveriam, ainda, pagar indenizações à Roma.
Na Segunda Guerra Púnica, iniciada no ano de 218 a.C., Cartago estava debilitada após a derrota da primeira guerra. Porém, o novo general do exército, Aníbal Barca, desejava se vingar dos romanos. Aníbal não esperou o ataque de Roma: decidiu avançar por terra e surpreender os romanos.
O general liderou vários ataques e conseguiu destruir boa parte do exército romano, principalmente graças ao uso de uma ferramenta inovadora em guerra: os elefantes. Porém, Aníbal decide não invadir a cidade de Roma: e esse foi o seu erro.
Os romanos conseguem se organizar novamente e vencem mais uma guerra. No ano de 201 a.C., os cartagineses são obrigados a liberar os prisioneiros romanos e pagar indenizações.
Finalmente, a Terceira Guerra Púnica se inicia no ano de 149 a.C.. Esse é o último momento da guerra e que ocorreu após a recuperação de Cartago.
A rápida recuperação dos inimigos incomoda o Império. Assim, temendo um ataque de vingança, os romanos decidem atacar novamente os cartagineses. Finalmente, no ano de 146 a.C., Cartago é oficialmente destruída, consolidando a hegemonia romana em todas as regiões que estiveram sob domínio cartaginês.