As 10 profissões mais bem pagas no Brasil
O mercado de trabalho no Brasil segue dinâmico, refletindo mudanças na economia e na demanda por profissionais especializados. Um estudo da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) revelou as 10 profissões com os maiores salários, com destaque para a engenharia, especialmente em áreas tecnológicas. A pesquisa indica que profissionais em estados com maior concentração de empresas tendem a obter salários mais altos. Veja mais detalhes.
Cenário atual do mercado de trabalho
Os dados mostram um crescimento de 2% no salário médio de admissão em 2024, atingindo R$ 2.178, recuperando as quedas de 2021 e 2022. Em janeiro de 2025, o salário médio de admissão subiu para R$ 2.251,33, um aumento de 4,12% em relação a dezembro de 2024.
Maiores salários por estado
Os estados com os maiores salários médios de admissão são:
- São Paulo: R$ 2.473
- Distrito Federal: R$ 2.284
- Rio de Janeiro: R$ 2.223
Embora São Paulo e Distrito Federal apresentem crescimento na remuneração, o Rio de Janeiro registrou uma queda de 0,4%, saindo da segunda para a terceira posição entre os estados com melhores salários médios. Esse declínio está relacionado a fatores como retração no setor de petróleo e gás.
Top 10 ocupações com os maiores salários médios
A pesquisa revelou que a engenharia domina a lista das ocupações mais bem remuneradas no país, com diversas especializações da área ocupando metade das posições de destaque. Veja abaixo os cargos que apresentam os maiores ganhos iniciais:
- Engenheiros em computação – R$ 13.794
- Engenheiros de minas – R$ 13.055
- Diretores de espetáculos – R$ 11.716
- Engenheiros químicos – R$ 11.181
- Engenheiros mecânicos – R$ 10.838
- Geólogos e afins – R$ 10.642
- Médicos clínicos – R$ 10.071
- Engenheiros de produção – R$ 9.960
- Pesquisadores de engenharia e tecnologia – R$ 9.708
- Engenheiros eletricistas – R$ 9.489
A predominância de engenheiros na lista reflete a valorização do setor industrial e tecnológico. Profissões ligadas a pesquisa e inovação também aparecem como opções lucrativas.
Imagem: Agência Brasil
Setores industriais com os maiores salários médios
A pesquisa também apontou os setores da indústria que oferecem as melhores remunerações iniciais:
- Extração de petróleo e gás natural – R$ 9.104
- Atividades de apoio à extração de minerais – R$ 4.908
- Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos – R$ 4.186
- Eletricidade, gás e outras utilidades – R$ 4.009
- Extração de minerais metálicos – R$ 4.007
A extração de petróleo e gás natural lidera, apesar das oscilações que afetam o setor. O ramo farmacêutico e energético se destacam entre as indústrias com os melhores salários médios iniciais.
Setores de serviços em destaque
No setor de serviços, algumas áreas se sobressaem quando o critério é remuneração:
- Atividades de exploração de jogos de azar e apostas – R$ 9.301
- Organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais – R$ 6.801
- Atividades de serviços financeiros – R$ 5.179
- Serviços de tecnologia da informação – R$ 4.927
- Pesquisa e desenvolvimento científico – R$ 4.861
A regulamentação das apostas online impulsionou o crescimento do setor de jogos de azar, que agora apresenta os maiores salários médios na área de serviços. Além disso, os setores de tecnologia da informação e pesquisa científica também se destacam como áreas promissoras.
Outros destaques por setor
Além da indústria e dos serviços, a pesquisa identificou outras áreas com remuneração inicial elevada:
- Agropecuária: Pesca e aquicultura – R$ 2.113
- Comércio: Comércio por atacado (exceto veículos automotores e motocicletas) – R$ 2.267
Esses segmentos, embora não tenham as maiores médias salariais do país, apresentam boas perspectivas para profissionais que buscam oportunidades nesses setores.
Tendências do mercado de trabalho
O levantamento destaca que engenharia, tecnologia, saúde e pesquisa seguem oferecendo os melhores salários no Brasil, com São Paulo e Distrito Federal liderando, enquanto o Rio de Janeiro enfrenta desafios para manter sua posição. Para atrair e reter talentos, empresas devem monitorar essas mudanças e ajustar suas propostas para profissionais qualificados, considerando o impacto do cenário econômico nas carreiras e na formação salarial.