No Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e nos vestibulares tradicionais sempre há a cobrança sobre conhecimentos de literatura. Assim, é comum a presença de questões sobre os movimentos literários ou relacionadas. Um desses movimentos é o arcadismo, também chamado de neoclassicismo.
Surgido na Europa do século XVIII, o arcadismo foi um movimento no sentido de retomar o clássico. Desse modo, o seu nome vem de uma referência à Arcádia, região da Grécia antiga, tida como ideal de inspiração poética.
O arcadismo no Brasil tem seu marco inicial em 1768, com a publicação do livro “Obras Poéticas”, de Cláudio Manuel da Costa. Além disso, há ainda a fundação da “Arcádia Ultramarina”, em Vila Rica.
Características, autores e obras
O movimento se ligava às ideias do iluminismo. Desse modo, o racionalismo influenciou muito a literatura brasileira do período. Havia, então, a busca pela comunhão com a natureza com objetividade.
Assim, além da objetividade e da exaltação da natureza, no Brasil, o movimento foi marcado pelo bucolismo (valorização da vida simples). Então, apesar de seguir o modelo clássico, a linguagem era simples e objetiva e os temas centrados em coisas simples da vida.
Por conta do enaltecimento da vida pastoril, havia ainda a crítica à vida nos centros urbanos. Assim, na fase lírica, quatro preceitos latinos guiavam a escrita dos poemas:
- Inutilia truncat (cortar o inútil);
- Carpe diem (aproveitar o dia);
- Fugere urbem (fugir da cidade);
- Locus amoenus (lugar ameno);
- Aurea mediocritas (equilíbrio do ouro).
Entre os autores mais importantes do arcadismo no Brasil figuram Tomás Antônio Gonzaga, autor de “Marília de Dirceu” (1792) e o já mencionado Cláudio Manuel da Costa, autor de “Parnaso Obsequioso e Obras Poéticas” (1768), “Vila Rica” (1773) e outros.
Há ainda destaque para o livro “Uraguai” (1769), escrito por Basílio da Gama, e para “Caramuru” (1781), obra de Santa Rita Durão.
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