Após 15 anos sem concurso, Embrapa recebe autorização para preenchimento de 890 vagas
Último concurso realizado pela Embrapa ocorreu em 2009. Até 2014 foram convocados todos os aprovados no certame.
Após 15 anos sem realizar concurso público, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) recebeu autorização do Governo Federal para um novo certame com cerca de 890 vagas.
O anúncio foi dado pela presidente do órgão, Silvia Massruhá, em entrevista ao G1. O aval foi concedido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Serão ofertadas vagas para os cargos de técnico, analista e pesquisador. O objetivo é que as vagas sejam preenchidas de forma escalonada, entre 2024 e 2027.
A expectativa é que o edital seja publicado no primeiro semestre do ano que vem.
O último concurso realizado pela Embrapa ocorreu em 2009. Até 2014 foram convocados todos os aprovados no certame, incluindo os que estavam no cadastro reserva.
“Faz 10 anos que não temos gente nova na Embrapa”, disse a presidente.
O novo concurso autorizado é importante porque, segundo Silvia, vem para repor o quadro de funcionários que se desligaram após corte de recursos no órgão.
“A Embrapa teve um programa de demissão voluntária em 2019. Saíram algumas pessoas que já estavam para se aposentar. No total, 1.100 pessoas saíram”, esclareceu.
“A gente está em um momento da Embrapa de transição de gerações. Então é importante a convivência de quem está chegando com quem está saindo”, conclui Silvia ao G1.
Governo Federal já autorizou mais de 8 mil vagas em 2023
O governo federal já autorizou mais de 8 mil vagas desde o inicio do ano.
As primeiras vagas autorizadas foram para os concursos de analista, tecnologista e pesquisador no Ministério da Ciência e Tecnologia, com um total de 814 vagas.
O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima recebeu aval para um concurso com 98 vagas para o cargo de analista ambiental. Já a Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) ganhou autorização para realizar um certame com 502 vagas de diversos cargos.
Em junho deste ano foram autorizadas vagas para os seguintes ministérios:
- Ministério da Agricultura e Pecuária: 440 vagas;
- Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet): 80 vagas;
- Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra): 742 vagas;
- Ministério da Educação (MEC): 220 vagas;
- Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): 50 vagas;
- Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes): 50 vagas;
- Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE): 100 vagas;
- Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): 160 vagas;
- Ministério das Relações Exteriores (MRE): 100 vagas;
- Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI): 120 vagas;
- Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro): 100 vagas;
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT): 100 vagas;
- Agência Nacional de Mineração (ANM): 24 vagas;
- Ministério de Minas e Energia (MME): 30 vagas;
- Analista de infraestrutura: 300 vagas;
- Analista em Tecnologia da Informação: 300 vagas;
- Auditor-Fiscal do Trabalho: 900 vagas;
- Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ): 50 vagas;
- Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam): 50 vagas;
- Ministério da Saúde (MS): 220 vagas;
- Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): 300 vagas;
- Ministério de Minas e Energia (MME): 30 vagas.
Já no dia 18 de julho foram anunciadas mais 2.480 vagas para os seguintes órgãos:
- Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC);
- MGI;
- Banco Central do Brasil (BC);
- Ministério da Fazenda (MF);
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
- Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO);
- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA);
- Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP);
- Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
- Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
- Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
- Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
- Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa);
- Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
- Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana);
- Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc).
De acordo com o governo federal, além desses concursos para cargos efetivos, a ministra Esther Dweck também já havia assinado portaria autorizando o IBGE a realizar processo seletivo destinado ao suprimento de 8.141 vagas de contratação temporária. Com as novas autorizações, no total, são 8.146 vagas efetivas e 8.141 temporárias.
A decisão da escolha dos órgãos que terão concursos neste ano levou em consideração, segundo o próprio governo, os seguintes parâmetros:
- Tempo desde o último edital de concurso público;
- Proporção entre o número de vagas e o número de cargos aprovados no órgão;
- Proporção de aposentadorias, nos próximos 5 anos, em relação ao total de vagas ocupadas;
- Perdas identificadas com base na ocupação máxima;
- Análise da estrutura do órgão, se houve mudança relevante, ou ampliação de atribuições;
- Nível de impacto imediato dos serviços para a população;
- Importância do órgão para as políticas prioritárias do governo, com a visão de futuro;
Após a publicação das autorizações, cada órgão terá seis meses para realizar todo o trâmite que envolve um concurso público, desde a escolha da banca até a publicação do edital.
Com a publicação do edital, as datas das provas, obrigatoriamente, devem ser agendadas para os dois meses subsequentes.