Dentro do mundo das moedas raras é possível ganhar dinheiro vendendo várias peças diferentes. Com a soma das vendas, você pode conseguir valores interessantes capazes de fazer a diferença no orçamento da sua família.
Existe, aliás, um caso de uma simples moeda de 1 real que sozinha já pode ser vendida por mais de R$ 2,5 mil neste ano de 2024. Trata-se de uma peça muito conhecida no meio da numismática, justamente porque conta com uma tiragem relativamente baixa.
A boa notícia é que você não precisa ser um especialista na área da numismática para conseguir identificar a moeda de 1 real em questão. Basta prestar atenção aos detalhes para ganhar um bom dinheiro no final das contas.
Identificando a moeda
Para ajudar no processo de identificação da moeda de 1 real da segunda família, listamos abaixo um grupo com as principais características da peça, tomando como base as informações disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: cuproníquel+alpaca;
- Diâmetro: 27,0 mm;
- Peso: 7,84 g;
- Espessura: 1,95 mm;
- Bordo: serrilhado interm.;
- Eixo: reverso moeda (EH);
- Circulação: de 01/07/1998 a atual;
- Desenho do Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transpassando para o anel dourado, constituindo elemento de segurança da moeda. No anel dourado, referência às raízes étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas indígenas de origem marajoara, e a legenda Brasil;
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem.
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Qual moeda vale R$ 2,5 mil
De acordo com os catálogos numismáticos mais atualizados, a moeda de 1 real da segunda família que pode ser vendida por R$ 2,5 mil é a peça cunhada no ano de 1998.
Contudo, para que esse exemplar seja considerado valioso e possa ser vendido por esse valor é preciso que ele conte com uma característica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Abaixo, você pode conferir uma lista atualizada com os valores projetados pelos catálogos numismáticos mais atualizados para essa peça:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.