Anvisa conclui inspeção em fábricas da CoronaVac na China
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu a inspeção laboratorial da farmacêutica AstraZeneca no dia 11 de dezembro e da fábrica da Sinovac neste domingo (13). O intuito da agência reguladora brasileira era verificar as práticas utilizadas na produção da CoronaVac – vacina desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan contra a Covid-19 pelas fábricas chinesas.
Agora a Anvisa aguarda informações adicionais para a emissão dos Certificados de Boas Práticas de Fabricação (CBPF). A certificação é necessária para a obtenção do registro das vacinas no órgão. Até o momento não foi feito nenhum pedido formal de registro à agência reguladora.
Os servidores da Anvisa responsáveis pelas inspeções na China irão ficar em quarentena por 14 dias, respeitando as medidas preventivas.
Produção da CoronaVac no Instituto Butantan
A CoronaVac está sendo produzida no renomado Instituto Butantan através de uma parceria com a fabricante chinesa. A parceria custou aproximadamente R$90 milhões ao Estado de São Paulo e incluiu a transferência da tecnologia chinesa para produção própria nacional. A previsão dada pelo governador para o início da imunização em massa é o dia 25 de janeiro do próximo ano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação só terá início após a aprovação da Anvisa. O ministério anunciou neste sábado (12) o plano de imunização contra o novo coronavírus no Brasil.
A Anvisa aguarda o envio dos resultados clínicos da fase final de testes do imunizante da Sinovac pelo Instituto Butantan. A expectativa da entrega destes resultados era amanhã (15), mas foi adiada pelo instituto para o dia 23 de dezembro.
Ainda de acordo com a agência reguladora, toda a equipe técnica e de especialistas da Anvisa está empenhada para que as certificações ocorram o mais breve possível.
Eficácia e Segurança da Vacina CoronaVac
Em fase final de estudos clínicos no Brasil, o imunizante da Sinovac é considerado um dos mais promissores do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No país a CoronaVac foi testada em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. Os resultados obtidos foram publicados na revista científica The Lancet, no final de novembro (20). De acordo com a publicação, o imunizante da Sinovac é seguro e os resultados foram comemorados por cientistas e médicos de todo o mundo.
Agora faltam os resultados finais sobre a taxa de eficácia da vacina CoronaVac e o devido encaminhamento à Anvisa, conforme explicado anteriormente. A eficácia e segurança da vacina CoronaVac são essenciais para que o imunizante seja aprovado e se inicie o processo de imunização contra o coronavírus no Brasil.