Economia

Mercado projeta alta de 0,54% da inflação em janeiro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística vai realizar a divulgação do resultado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo nesta quarta-feira (9), informando assim qual foi o resultado final da  inflação acumulada do mês de janeiro.

O mercado está projetando uma alta de 0,54% para a inflação já no primeiro mês do ano. Um dos fatores a se considerar no índice inflacionário, é a decisão que será tomada pela Petrobras, que pode ter a iniciativa de novamente aumentar o preço da gasolina em pelo menos 4,85%. A estimativa é que o diesel suba pelo menos 8,08%, o que pode dificultar ainda mais a vida de quem precisa abastecer o tanque.

Vejo como irá ficar o valor médio por tanque de gasolina

O valor médio para a venda de gasolina para as distribuidoras, vai passar de R$ 3,09 para R$ 3,24 para cada litro. Já em relação ao aumento do diesel, o preço médio saltou de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro.

Neste ano, o objetivo do Banco Central é terminar 2022 com uma inflação que não passe dos 3,50%, com uma margem de tolerância que poderá chegar ao máximo de 5%. De acordo com o último relatório que foi publicado pelo Boletim Focus, este poderá ser o segundo consecutivo em que o BC não vai conseguir cumprir a sua meta de inflação, fato esse que já ocorreu em 2021.

Expectativa da inflação para 2023 ainda se mantém em baixa

A expectativa do Banco Central para o IPCA de 2023 permanece em 3,50%, que acaba inclusive se mantendo um pouco acima do centro da meta, que é de não ultrapassar os 3,25% para o próximo ano, com uma tolerância máxima de 4,75%.

Em um comunicado que foi realizado na última semana, durante uma reunião da cúpula do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC também passou a ter em mente que novamente em 2022 poderá haver um estouro da meta da inflação, projetando inclusive um IPCA que poderia terminar o ano em 5,40%.

A meta para 2024 também está acompanhando a que foi projetada para 2022 e 2023, com expectativa de um IPCA de no máximo 3,00%, com uma margem percentual de 1,5%. Sendo assim, o teto da inflação pode ser de até 4,50% daqui a dois anos. A meta de 2025 ainda não foi divulgada.

Os preços de mercado assustam e mostram que inflação de 2022 pode ser tão alta como a do último ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo já está surpreendendo logo nos primeiros meses do ano, o que traz a possibilidade de se ter uma inflação em 2022 tão alta ou até mesmo superior que se viu no ano de 2021.

Entre alguns dos produtos que poderão acabar definindo o resultado final da inflação, se tem uma maior demanda pelo minério e pela soja, além dos resultados prévios frustrantes que indicam que o PIB do Brasil vai crescer menos de 1% neste ano. A expectativa para o ano de 2022 é uma inflação em cerca de 5%.