Economia

Alimentos ficam mais caros pelo 7° mês seguido

Se você está estranhando o preço dos alimentos, saiba que não é o único. E está não é apenas uma tendência nacional. Para se ter uma ideia, essa a sétima vez consecutiva que o preço dos alimentos mundiais subiram.

Todas as principais categorias registram alta nos preços, com exceção de uma: o açúcar. Os dados são da agência para alimentos e agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês) e foram divulgados nesta quinta-feira (07).

O índice cresceu de 105,2 pontos em novembro, para 107,5 pontos no mês de dezembro do ano passado. A agência mede preços de organizações que acompanham o preço de  uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carnes e açúcar.

Já no acumulado do ano passado, a alta no preço dos alimentos registrada foi de 3,1% em relação a 2019. E o ídice apresentou média de 97,7 pontos, maior número registrado nos últimos 3 anos.

Apesar da alta, o preço dos alimentos não chegou ao pico histórico de 2011. Registrando 25% abaixo do considerado naquele ano.

Entenda a alta nos preços dos alimentos

A alta dos preços dos alimentos não foi igual para todos eles. Veja abaixo a porcetegem de cada um:

  • Óleos vegetais:  aumento de 4,5%  em dezembro. E +19,1% no ano todo.
  • Cereais:  aumento de 1,1% em dezembro. E +6,6% no ano todo.
  • Carnes :  aumento de 1,7% em dezembro. E -1,0% no ano todo.
  • Açúcar: queda de 0,6% em dezembro. E +1,1% no ano todo.

Quanto aos cereais  como trigo, milho, sorgo e arroz a alta se deve a preocupações com as condições de cultivo e com as perspectivas para as safras nas Américas do Sul e do Norte, bem como na Rússia, disse a FAO.

Já quanto ao frango, por exemplo, houve impactos no preço comercializado em parte devido aos surtos de gripe aviária na Europa.

Mais aumentos?

Alguns estados do Brasil poderiam ver o preço dos alimentos subir ainda mais. É o caso de São Paulo, o atual governador, João Dória, tinha previsto uma série de aumentos sobre o  Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), incluindo também alimentos.

A medida passaria a valer a partir do dia 1º de janeiro, porém com a pressão de produtores rurais e entidades paulista, Dória voltou atrás.

“Após reunião com a equipe econômica do Governo de SP, determinei o cancelamento de qualquer alteração de alíquota de ICMS em alimentos, medicamentos e insumos agrícolas”, disse o governador.

Adubos e fertilizantes, milho em grão, farelo de soja, sementes, produtos veterinários, defensivos e rações, por exemplo, passariam de isentos para taxa de 4,14%.

Dória, porém, não informou qual seria o ganho “a menos”, com o cancelamento da medida.  “Na nossa gestão nada será feito em prejuízo da população mais vulnerável”, declarou apenas.