O avanço da tecnologia trouxe consigo não apenas benefícios, mas também novas formas de ameaças. Golpes sofisticados que fazem uso de inteligência artificial (IA) têm ganhado destaque, especialmente quando se trata de clonagem de voz por meio de deepfakes.
Um incidente recente envolvendo uma adolescente nos Estados Unidos levantou discussões sobre esse tipo de fraude e a necessidade de proteção. Saiba como funciona a clonagem de voz via IA e como se proteger desses golpes. Já que a evolução da tecnologia eleva o nível de ameaças online.
No início deste ano, Jennifer DeStefano, residente nos Estados Unidos, passou por um susto terrível quando recebeu uma ligação de um número desconhecido. Isso porque ao atender a chamada, ela se deparou com uma voz que parecia ser a de sua filha de 15 anos.
O golpista usou inteligência artificial para clonar a voz da adolescente e alegou ter sequestrado-a.
Desse modo, com táticas de engenharia social, o criminoso exigiu um resgate em dinheiro. Contudo, o que mais chocou DeStefano foi o realismo da voz, com choro e soluços que pareciam genuínos.
Nos Estados Unidos, a proliferação de casos envolvendo deepfakes e clonagem de voz têm gerado alertas. Segundo um estudo recente do The Washington Post, mais de 5 mil golpes telefônicos podem ter se beneficiado do uso de programas de IA para enganar vítimas. Em suma, essas novas tecnologias têm permitido que os golpes se tornem mais elaborados, aumentando a necessidade de cautela e atenção.
O golpe que Jennifer DeStefano enfrentou revela como a clonagem de voz via IA funciona. Isso porque o criminoso usou codificadores automáticos, uma forma de rede neural, para realizar a clonagem. Essencialmente, são necessárias duas gravações de áudio, sendo a segunda convertida para se assemelhar à primeira. Dessa forma, a voz do criminoso foi “dublada” pela voz da filha de DeStefano, criando uma ligação convincente e enganadora.
Evitar cair em golpes de clonagem de voz é crucial. De modo geral, os programas de IA ainda não conseguem replicar com perfeição a complexidade das vozes humanas. Dessa forma, se a voz parecer robotizada, monótona ou sem entonações naturais, desconfie.
Caso seja possível, evite atender chamadas de números não identificados. Pois, legítimos serviços costumam deixar mensagens se for algo importante. Além disso, evite compartilhar gravações de voz ou informações pessoais com desconhecidos, pois isso pode ser usado para clonagem.
Por fim, se alguém alegar uma situação de emergência por telefone, tente confirmar a informação por outras vias, como mensagens de texto ou redes sociais. Certamente, o caso de clonagem de voz via IA enfrentado por Jennifer DeStefano expõe a crescente ameaça dos golpes sofisticados na era digital.
À medida que a tecnologia evolui, os criminosos também se adaptam, tornando essencial a adoção de medidas de proteção. Por isso, ao estar atento à entonação, evitar compartilhar informações com estranhos e desconfiar de números desconhecidos, é possível se proteger de ameaças cada vez mais convincentes. Portanto, a conscientização e a cautela são suas melhores defesas contra os golpes de clonagem de voz com inteligência artificial.
De modo geral, a evolução tecnológica trouxe diversas melhorias para a rotina das pessoas em diversos setores. Contudo, os golpes e fraudes online acompanham essa tendência. Sendo assim, o usuário precisa se alertar quanto às diversas novas modalidades fraudulentas que surgem, acompanhando a evolução da inteligência artificial e das suas diversas novas funcionalidades.