O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emite um alerta sobre a possibilidade de um ciclone extratropical afetar certas localidades situadas na região Sul do Brasil nos próximos dias.
No entanto, qual seria a natureza de um ciclone extratropical? De que forma ele se desenvolve?
Um ciclone extratropical é um fenômeno meteorológico caracterizado por um sistema de baixa pressão atmosférica. Ele ocorre em latitudes médias, geralmente entre 30° e 60° de latitude, fora dos trópicos.
É chamado também de ciclone de médias latitudes, depressão extratropical, baixa extratropical, ciclone frontal, baixa não-tropical ou ciclone pós-tropical, dependendo de sua localização geográfica e intensidade. Esse tipo de fenômeno é diferente do tropical, que se forma em latitudes mais baixas, próximas ao equador.
Os ciclones extratropicais são caracterizados por fortes tempestades e ventos. Eles podem se formar a partir de ciclogênese ou transição extratropical. Durante o processo de transição extratropical, um ciclone pode continuar invariável ou pode se conectar com frentes próximas e/ou cavados de baixa pressão. Esse tipo de fenômeno causa impactos significativos em áreas habitadas, incluindo chuvas intensas e inundações.
Um ciclone extratropical vem atingindo a região sul do Brasil desde junho, causando uma série de problemas em alguns municípios. Os impactos incluem danos à infraestrutura e interrupções no fornecimento de energia e água. O fenômeno também causou a morte de pelo menos 11 pessoas, até o momento.
Os estados mais afetados pelo ciclone extratropical foram o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Mais de 70 municípios nesses estados foram afetados pelo ciclone, sofrendo com as chuvas intensas, alagamentos, ventos, entre outras coisas. As zonas sul e norte da capital Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, foram algumas das regiões mais afetadas pelo ciclone.
Isso se deve ao fato de as localidades possuírem encostas de morros e serras, que são lugares altamente suscetíveis aos movimentos de massa. A urbanização desordenada, sem planejamento, potencializou a ocorrência de deslizamentos nos municípios atingidos.
As autoridades vêm estudando medidas para tentar minimizar os impactos crescentes com relação aos desastres que ocorreram e que ainda podem ocorrer. Por exemplo, houve evacuação nas áreas de risco em vários municípios afetados, a fim de garantir a segurança da população.
Também estão sendo feitas ações de assistência, incluindo distribuição de alimentos, água e outros suprimentos para os necessitados. Com relação ao reparo de infraestruturas danificadas pelo ciclone, algumas estradas e pontes já tiveram as obras iniciadas. Redes de água e energia igualmente estão sendo reparadas.
Ainda há o preventivo, com o monitoramento e a emissão de alertas, como o Inmet vem fazendo. A intenção é garantir que a população esteja ciente dos riscos e possa se preparar adequadamente.
As previsões meteorológicas para a região sul do Brasil após o ciclone extratropical indicam a ocorrência de chuvas e frio em algumas áreas. Segundo o Inmet, a previsão é de clima hostil também no Centro-Sul do país.
A MetSul Meteorologia também prevê a ocorrência de chuva no Rio Grande do Sul, encerrando o mês com instabilidade do tempo em algumas regiões. Além disso, a visibilidade em muitos municípios gaúchos foi reduzida devido à cerração presente em diversas localidades.
De acordo com mais informações, as temperaturas devem variar entre 14°C e 22°C, com possibilidade de queda ao longo da semana. As cidades de Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Cruz Alta e Gramado devem ter temperaturas entre 17°C e 22°C.
É importante comentar que há um elevado risco de tempo severo, com rajadas de vento de mais de 100 km/h. Portanto, recomenda-se que a população fique atenta às previsões meteorológicas e tome as precauções necessárias para garantir a segurança pessoal e da população em geral.