O recente alerta do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre possíveis irregularidades envolvendo os CPFs de beneficiários do Bolsa Família em movimentações associadas a contas de apostas esportivas (“Bets“) levantou preocupação no cenário social e econômico brasileiro em 2025.
O relatório aponta indícios de que milhares de beneficiários podem estar sendo utilizados para atividades suspeitas, impactando a credibilidade do programa e colocando em xeque a segurança das políticas públicas de transferência de renda.
Como o Alerta do TCU foi emitido?
Segundo informações publicadas, o TCU identificou movimentações incomuns associadas a CPFs que recebem o Bolsa Família em plataformas de apostas esportivas, popularmente conhecidas como “Bets”.
O cruzamento de dados, feito entre o cadastro social e registros financeiros das plataformas, revelou que pelo menos 7.000 beneficiários estavam vinculados a apostas com movimentação financeira incompatível com o perfil declarado no Cadastro Único.
Quais são os principais indícios encontrados pelo TCU?
- Depósitos e saques expressivos em contas cujos titulares possuem renda declarada muito baixa.
- Uso de CPFs por terceiros para registrar contas em Bets, prática comumente relacionada a lavagem de dinheiro.
- Repetição de padrões financeiros atípicos dentro do universo dos beneficiários do programa.
Por que as Bets se tornaram alvo de investigações?
O mercado de apostas esportivas cresceu de modo acelerado nos últimos anos no Brasil. No entanto, a falta de regulamentação eficiente transformou o setor em um ambiente propício para ações como lavagem de dinheiro ou evasão fiscal.
Segundo estimativas, as Bets movimentaram mais de R$ 12 bilhões no país em 2024, sendo parte desse volume considerada de origem suspeita. Essa vulnerabilidade chamou atenção de órgãos como o TCU, que passou a investigar relações suspeitas entre CPFs do Bolsa Família e plataformas de apostas.
O que diz o governo sobre o risco para os programas sociais?
O Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que está colaborando com o TCU e com órgãos de controle para identificar e combater irregularidades.
A utilização indevida de CPFs já resultou em bloqueio cautelar de benefícios e atualização de regras de fiscalização. O objetivo é proteger os verdadeiros beneficiários e preservar o orçamento do programa para quem realmente necessita.
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