A aposentadoria é um benefício muito esperado pelos brasileiros, mas recentemente tem surgido preocupações devido a uma alteração nas regras do saque integral da aposentadoria do INSS. Neste artigo, vamos entender melhor essa mudança e quem tem direito ao valor total.
O contexto atual
Atualmente, nem todos os trabalhadores que contribuem com valores altos sobre o teto do INSS conseguem obter o valor máximo pago pela previdência ao se aposentar. Essa situação tem se agravado após a reforma da Previdência, que trouxe mudanças no cálculo e correção monetária dos benefícios previdenciários ao longo dos anos.
Essas alterações geraram um descompasso entre o valor que o segurado contribuiu e o valor que ele irá receber de fato. No entanto, ainda é possível receber o valor máximo em alguns casos, desde que se cumpram determinados requisitos.
Requisitos para receber o valor total
Os valores pagos de aposentadoria no INSS são correspondentes a 60% sobre a média salarial para trabalhadores que possuem o tempo mínimo de contribuição de 15 anos para mulheres e 20 anos para homens, com acréscimo de 2% a cada ano extra.
Aqueles que contribuem sobre o teto ao longo dos anos e se aposentam com 35 anos de contribuição para mulheres e 40 anos para homens, em geral, recebem o chamado “média-teto”, que atualmente é de R$ 6.953,83.
Exemplos de cálculo
Para ilustrar melhor, vamos apresentar alguns exemplos de cálculo. Um trabalhador homem com 35 anos de contribuição tem direito a receber uma aposentadoria de 90% sobre a média salarial. Para receber 100% da média, ele precisa ter contribuído por pelo menos 40 anos. No caso das mulheres, com o tempo mínimo de 30 anos de contribuição, o valor é de 90% sobre a média salarial, podendo chegar a 100% com 35 anos de contribuição.
Por exemplo, se a média salarial for de R$3.000, uma mulher com 30 anos de contribuição receberá R$2.700, enquanto um homem com 35 anos de contribuição receberá o mesmo valor.
Mudanças nas regras e preocupações
As mudanças nas regras da aposentadoria têm gerado preocupação entre os brasileiros. A troca de índices de correção dos benefícios previdenciários ao longo do tempo é apontada como uma das principais causas dessa discrepância.
Diferentes índices de correção, como a ORTN (Obrigação Reajustável do Tesouro Nacional), o IPCR (Índice de Preços ao Consumidor Restrito) e o IRSM (Índice de Reajuste do Salário Mínimo), nem sempre refletiam a correção da inflação da época, resultando em benefícios previdenciários abaixo do valor do teto.
Segundo especialistas, para obter a média-teto, é necessário que o segurado possua um índice de cálculo do benefício previdenciário de 100% sobre a média salarial. Esse índice é calculado de acordo com a quantidade de anos de contribuição.
De acordo com cálculos, homens precisam ter um índice de 108% sobre a média salarial para receber o teto, o que significa contribuir por pelo menos 44 anos. Já para as mulheres, esse índice é de 106%, resultando em 38 anos de contribuição.
Essas mudanças na fórmula de cálculo das aposentadorias têm levado muitos brasileiros a se preocuparem com a possibilidade de não receberem o valor integral ao se aposentarem.
Ademais, as novas regras para o saque integral da aposentadoria do INSS têm gerado preocupações entre os brasileiros. Com as mudanças no cálculo e correção monetária dos benefícios previdenciários, muitos trabalhadores têm receio de não receberem o valor máximo ao se aposentarem. No entanto, é importante ressaltar que ainda é possível obter o valor total em alguns casos, desde que se cumpram os requisitos estabelecidos.
É fundamental que os trabalhadores estejam atentos às atualizações e mudanças nas regras da Previdência, buscando se informar e se planejar para garantir uma aposentadoria tranquila e segura.