Paulo Guedes, ministro da Economia, alegou que o que foi prometido por ele, como privatizações que não saíram do papel, não foram concluídas por causa de negociações políticas. De acordo com ele, a partir de agora não irá prometer mais nada.
“Falei ’em 15 semanas vamos mudar o Brasil’. Não mudou nada, teve a pandemia. Agora a mesma coisa. ‘Vamos anunciar em 90 dias as privatizações’, aí descubro que tem um acordo político para inviabilizar e não pautar. Aí a conta vem de novo, ‘ele não entrega’. Então estou aprendendo. Resultado. Agora acabou, não prometo mais nada”, afirmou.
Paulo Guedes disse ainda que o timing para reformas é decretado pela política e que suas declarações devem mudar. “Espero que o Congresso aprove as nossas reformas, espero que a reforma administrativa que está lá prossiga. Espero que a Câmara aprove o BC independente, felicito o Senado por aprovar o gás natural e o BC independente. Agora é assim, aprendi”, continuou.
O ministro da Economia também defendeu o avanço na agenda de privatizações e afirmou que é importante vender a Eletrobras, os Correios, a PPSA e o Porto de Santos até o fim do governo de Bolsonaro. Segundo o ministro, é necessário vender para acabar com a corrupção.
Guedes também relembrou que o governo criou o programa para evitar demissões em massa durante a pandemia do novo coronavírus. No programa, o governo paga ao trabalhador compensação quando há jornada de trabalho reduzida ou contrato de trabalho suspenso. De março até junho de 2020, 1,6 milhão de postos de trabalhos formais foram encerrados. Já de julho a outubro de 2020, foram criadas 1,1 milhão de vagas de empregos formais.