O mercado financeiro e suas reações constantemente ditam os passos da equipe econômica do governo. Dependendo da reação do mercado para políticas públicas, o governo pode alterar ou abandonar medidas. A nova rodada do auxílio emergencial, por exemplo, sempre foi motivo de resistência do mercado. Mas, nesta quinta-feira (25), ao contrário das expectativas, a agência de risco Fitch deu “sinal verde” para a nova rodada do programa.
A diretora Shelly Shetty afirmou que um auxílio que custe até 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB) é “plenamente aceitável”. Se o auxílio emergencial custar os R$ 30 bilhões previstos pelo Ministério da Economia, o gasto seria próximo de 0,4% do PIB. Shetty afirmou que existe espaço para um “auxílio modesto”.
Um fator positivo com as declarações de Shetty é a diminuição do temor de um rebaixamento da nota soberana de crédito do Brasil. Atualmente, o país está perto de virar um “junk” (“lixo”, em tradução livre). O termo é usado por agências de rating. Com a nova declaração, Shetty mostra que está otimista com as reformas brasileiras e que isso pode significar que a forma como o mercado internacional vê o país pode melhorar.
Votação da PEC emergencial deve acontecer quarta-feira
De acordo com Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado, será buscado acordo para que os dois turnos sejam superados em um dia. “A PEC emergencial será pautada nesta quinta-feira, mas não a votaremos hoje para possibilidade a discussão e possíveis alterações do texto. Ficou marcada para a próxima terça a continuidade da discussão sobre o assunto e para quarta a votação da Proposta de Emenda à Constituição 186, que fala sobre o auxílio emergencial”, disse ele.
Na agenda acordada entre os líderes, foi definido que as sessões desta quinta-feira e da próxima terça-feira serão feitas para discutir o parecer de Marcio Bittar (MDB-AC). A votação aconteceria hoje e foi adiada para a próxima quarta-feira. A PEC irá liberar a nova rodada do auxílio emergencial.