Ao longo do dia, é natural que tenhamos contato com várias moedas de 1 real. Essas peças fazem parte do nosso cotidiano seja no comércio, nas nossas casas, ou mesmo em qualquer outro lugar.
O que a grande maioria das pessoas ainda não sabe é que algumas moedas de 1 real que estão circulando no país nesse exato momento podem ser consideradas valiosas. Existem colecionadores dispostos a pagar muito dinheiro por cada uma delas.
No caso específico das moedas de 1 real, por exemplo, uma característica que pode fazer com que a peça seja considerada valiosa é ter o reverso invertido. Mas o que é isso? Como identificar esse tipo de característica? Quanto vale cada moeda que conta com esse detalhe?
As moedas de 1 real
As moedas de 1 real da segunda família do Plano Real começaram a ser produzidas e postas em circulação no ano de 1998, e seguem sendo inseridas no nosso comércio até hoje.
Para ajudar no processo de identificação das moedas de 1 real da segunda família do Plano Real, listamos abaixo um grupo com as principais características do exemplar, tomando como base as informações previamente disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: cuproníquel+alpaca
- Diâmetro: 27,0 mm
- Massa: 7,84 g
- Espessura: 1,95 mm
- Bordo: serrilhado interm.
- Eixo: reverso moeda (EH) ?
- Circulação: de 01/07/1998 a atual
- Desenho do Anverso: Efígie da República à direita do núcleo prateado e transpassando para o anel dourado, constituindo elemento de segurança da moeda. No anel dourado, referência às raízes étnicas brasileiras, representada pelo grafismo encontrado em cerâmicas indígenas de origem marajoara, e a legenda Brasil.
- Desenho do Reverso: No anel dourado, grafismo indígena marajoara. No núcleo prateado, esfera sobreposta por uma faixa de júbilo, que, com a constelação do Cruzeiro do Sul, faz alusão ao Pavilhão Nacional, e os dísticos correspondentes ao valor facial e ao ano de cunhagem.
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
As moedas valiosas
Como dito, para que uma moeda da segunda família do Plano Real seja considerada valiosa, é preciso que ela conte com uma característica específica conhecida no meio da numismática como reverso invertido.
Mas os valores projetados para cada uma dessas peças vai variar de acordo com o ano de fabricação. Na imagem abaixo, você pode conferir os patamares indicados para cada um dos anos catalogados:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário saber que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.