Os analistas que disseram que a polêmica envolvendo a taxação de produtos importados de empresas como Shein e Shopee poderia ter impacto na popularidade do presidente Lula (PT), acertaram. Ao menos é o que revela uma nova pesquisa do Instituto Quaest divulgada nesta semana.
A pesquisa perguntou aos entrevistados qual foi a notícia mais negativa que eles tinham ouvido do Governo Lula. As respostas mais citadas pelas pessoas foram:
Ainda segundo o levantamento, cerca de 8% dos entrevistados deram outras respostas. Além disso, cerca de 20% disseram que não sabem ou não responderam a pergunta. O questionário teve caráter espontâneo. Desta forma, cada cidadão podia responder o que quisesse neste campo.
Como visto no levantamento da Quaest, a questão envolvendo a taxação das empresas asiáticas foi o ponto que mais teve impacto negativo na imagem do presidente Lula desde o início do governo até aqui. Vale lembrar que a medida que chegou a ser anunciada pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) já não está mais nos planos. O Governo Federal desistiu de acabar com a isenção de impostos.
Ainda não se sabe, no entanto, qual será o poder do recuo nos números de popularidade do presidente Lula. Será necessário aguardar mais alguns meses para entender se o movimento do Governo Federal terá algum impacto positivo na imagem do petista. Ainda não há um prazo para a divulgação da próxima pesquisa do Instituto Quaest para a avaliação do chefe de estado.
No dia 19 de abril, o Instituto também divulgou os números gerais da popularidade do governo Lula até este momento. De acordo com os dados, a maior parcela do eleitorado ainda avalia a gestão como boa ou ótima, mas há uma queda nesta avaliação positiva.
Em comparação com a primeira pesquisa, as pessoas que acham o governo Lula como positivo até aqui eram 40%, e agora são 36%, uma queda de quatro pontos percentuais.
Houve um crescimento no número de pessoas que acham o governo regular, saindo de 24% para 29%. O maior crescimento foi no número de cidadãos que consideram o governo negativo, saindo de 20% para 29%. Veja no quadro abaixo o desenho atual divulgado pela Quaest.
Mas afinal de contas, a Shein vai ser taxada no governo Lula? O que é possível adiantar é que a gestão do atual presidente não criou nenhuma lei ou imposto novo. O Ministro da Fazenda também não elevou nenhuma alíquota das taxações que já existiam.
A ideia do novo governo é apenas aumentar o grau de fiscalização para que empresas asiáticas tenham que cumprir as regras de taxação de impostos. Hoje, na avaliação do Ministério, tais companhias estariam sonegando e fazendo com que o país deixe de arrecadar.
Para o consumidor final, há mudanças. A partir do momento em que o governo começa a aumentar a fiscalização sobre a entrada de produtos chineses, é natural que as empresas passem a repassar cada vez mais a taxação para o cidadão que faz a sua compra neste tipo de site.
O resultado no final das contas é um aumentos dos preços, que deve ter impacto direto na vida do cidadão. Por outro lado, ao exigir a taxação, o Governo certamente contará com um aumento de receita, o que poderia gerar mais benefícios na forma de serviços para a população.
E você? O que acha do assunto? O Governo acerta ao aumentar o cerco contra empresas asiáticas?