Revolta dos Malês: tudo o que você precisa saber para as suas provas!
A Revolta dos Malês foi uma das revoltas mais importantes que acontecerem no Brasil do século XIX. Assim, não é de se surpreender que ela apareça com uma enorme frequência nas principais provas de história do país, entre elas aquela do ENEM.
Dessa forma, é essencial que você domine as principais características desse movimento para garantir um bom desempenho nas suas provas.
Revolta dos Malês: Contexto Histórico
As primeiras décadas do século XIX foram marcadas por várias rebeliões de escravos ocorridas na Bahia. Isso se deve às péssimas condições em que os escravizados eram obrigados a viver. Porém, a mais importante delas foi a dos Malês.
A Revolta dos Malês aconteceu no dia 25 de janeiro de 1835 e teve características de outras revoltas sociais do Brasil Imperial. A principal delas é a insatisfação com a situação econômica e política.
Revolta dos Malês: Motivação
A principal motivação foi da revolta foi religiosa. Os escravos que participaram dessa rebelião eram de origem muçulmana e, dessa maneira, almejavam a liberdade de culto que lhes era negada.
Além disso, a maioria fazia parte das etnias hauçá, igbomina e picapó e possuía experiências de combate adquiridas na África. Essas seriam posteriormente usadas nos conflitos.
Os escravos também lutavam para conseguir se tornar livres da escravidão.
Revolta dos Malês: Objetivos
Os revoltosos pediam o fim do catolicismo, o assassinato e o confisco de bens de todos os brancos e mestiços, a criação de uma monarquia islâmica no Brasil e a escravidão ou o assassinato dos não islâmicos.
Dessa maneira, pode-se dizer que o objetivo principal era liberar somente escravos muçulmanos, os malês, e voltar-se contra todos os nascidos no Brasil.
Os revoltosos queriam também conquistar terras e formar um governo autônomo.
Revolta dos Malês: Desfecho
O movimento foi denunciado para um Juiz de Paz de Salvador por alguém até hoje não identificado. Assim, as autoridades enviaram forças para acabar com a revolta. O movimento foi cercado e derrotado em Água dos Meninos, antes de Itapagipe.
Nesse local, 70 escravos foram mortos após tentarem lutar com soldados do governo brasileiro.
Revolta dos Malês: Consequências
Depois da rebelião, a repressão ainda persistiu. Ocorreram diversas prisões, açoites, deportações e execuções. Até mesmo alguns escravos que não participaram da revolta foram punidos.
Igualmente, quatro envolvidos, Jorge da Cruz Barbosa, Pedro, Gonçalo e Joaquim foram fuzilados.
A população de negros libertos em Salvador também sofreu com o fracasso da revolta. Após a revolta, foi criada uma lei determinava que todos os descendentes e africanos suspeitos de envolvimento em revoltas seriam punidos.