O sistema de pagamentos instantâneo brasileiro Pix, de acordo com a pesquisa Prime Time for Real-Time Report, foi o segundo meio de transação financeiras utilizado em todo o mundo, ficando atrás apenas da Índia. A princípio, quem divulgou essas informações foi o Banco Central (BC) através de uma nota à imprensa.
Segundo o levantamento, foram realizadas 89,5 bilhões de transações financeiras na Índia, contra 29,2 bilhões de pagamentos instantâneos envolvendo o Pix no Brasil. Todavia, esse total corresponde a 15% de toda a movimentação mundial. A pesquisa apontou que houve entre 2021 e 2022 uma alta de 228,9% do serviço no país.
Analogamente, este crescimento na utilização do Pix em solo nacional foi maior do que o apresentado na Índia, sendo de 76,8%. A China (17,6 bilhões), Tailândia (16,5 bilhões) e a Coréia do Sul (8 bilhões), também se destacaram como grandes mercados mundiais em transações utilizando o pagamento instantâneo.
No mais, em 2022, em todo o mundo, foram realizadas 195 bilhões de transações financeiras utilizando o sistema de pagamentos instantâneos. Houve um crescimento de 63,2% em relação a 2021, de acordo com o levantamento. O Banco Central afirma que em dois anos e meio, o Pix se tornou destaque mundial.
Estima-se que as transações financeiras utilizando o sistema de pagamento instantâneo em 2027, chegue a 511,7 bilhões em todo o mundo. Em síntese, os pagamentos eletrônicos representariam cerca de 27,8% de todas as operações. O Banco Central diz que o estudo apresenta projeções ainda mais favoráveis.
Desse modo, o Prime Time for Real-Time Report aponta que em 2027, a média das transações mensais por pessoas de 15 anos ou mais, deverá aumentar para 51,8. O Brasil então ficará em segundo lugar neste tipo de transação, atrás apenas do Bahrein com 83,3. Nosso país atualmente é o quarto no mundo, com 14,2.
Breno Lobo, consultor no Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central, diz que “O estudo coloca luz sobre o potencial futuro de interconexões entre os diversos sistemas de pagamentos instantâneos, sendo uma alternativa a pagamentos transfronteiriços”.
Dessa forma, espera-se que o sistema de transações financeiras eletrônicas Pix apresenta ainda algumas novidades em 2023. O Pix automático, por exemplo, trará uma maior praticidade sobre os pagamentos recorrentes. Estima-se que haja uma melhora em sua capacidade de processamento, e em sua segurança.
O Pix é o principal meio de pagamento dos brasileiros. A modalidade bateu um recorde em março deste ano. De acordo com o Banco Central, foram cerca de 3.003.362 de operações no mês passado, em todo o país. Vale ressaltar que essa foi a primeira vez que o sistema registrou mais de três milhões de operações.
O valor total das transações também foi o maior em março, desde a instituição do Pix. Foram, ao todo, R$ 1,28 trilhão no mês passado. Esta alta se deu após dois meses onde houve uma redução na utilização do meio de pagamento. Aliás, em janeiro e fevereiro, houve 2,5 milhões de transferências financeiras.
Em resumo, o recorde anterior se deu em dezembro do ano passado, quando houveram no país, cerca de 2,873 milhões de operações envolvendo o Pix. Estas estimativas comprovam o sucesso do meio de pagamento eletrônico entre os brasileiros. Vale observar, que desde março de 2021 ele se tornou a principal forma de pagamento.
O BC afirma que o Pix é tão seguro quanto o TED ou DOC. Entretanto, são as instituições financeiras que precisam garantir que seus clientes estejam seguros em suas transações eletrônicas em relação a maior proteção das chaves utilizadas. A opção mais segura depende da escolha do usuário.
O cliente do banco, ao utilizar o Pix, pode decidir utilizar como chave, seu número de CPF, CNPJ, e-mail, número de telefone, ou ainda uma combinação aleatória. Deve-se ter em mente que a pessoa do outro lado passará a saber dessas informações. Portanto, o mais indicado é que se escolha com cuidado.
Em conclusão, para pessoas de confiança, pode ser conveniente utilizar o CPF ou número de telefone. No entanto, em transações comerciais ou com pessoas desconhecidas, o ideal é escolher uma chave aleatória ou um QR Code. Quem possui várias contas em diferentes bancos terá uma maior diversidade de chaves.