Sabe aquela moeda de 25 centavos que está no seu bolso nesse exato momento? De acordo com especialistas na área da numismática, ela pode ser considerada rara e valer muito dinheiro no final das contas. Mas isso só vai acontecer se ela contar com algumas características específicas.
Segundo especialistas, existem algumas moedas de 25 centavos que podem ser consideradas valiosas pelos colecionadores. Em alguns casos, é possível vender os exemplares por mais de R$ 4 mil.
Abaixo, você pode conferir de quais moedas estamos falando:
- Moeda de 25 centavos do ano de 1994;
- Moeda de 25 centavos do ano de 1995.
Estas moedas fazem parte da primeira família do Plano Real. São peças que ainda possuem valor monetário, e que ainda podem ser encontradas a qualquer momento em um trocado no comércio, por exemplo.
Características das moedas
Por se tratar de uma peça mais antiga, o exemplar de 25 centavos pode não ser facilmente conhecida por boa parte da população. Por isso, listamos abaixo uma série características das peças citadas nesse artigo. Note que as informações foram disponibilizadas pelo Banco Central (BC):
- Material: aço inox;
- Diâmetro: 23,5 mm;
- Peso: 4,78 g;
- Espessura: 1,40 mm;
- Bordo: liso;
- Eixo: reverso moeda (EH) ?;
- Circulação: de 30/09/1994 a atual;
- Desenho do Anverso: Orla poligonal de sete lados, contendo Efígie da República, dístico BRASIL e data;
- Desenho do Reverso: Orla poligonal de sete lados contendo valor.
O Plano Real
O Plano Real foi um programa econômico iniciado em 27 de fevereiro de 1994, implementado ainda no governo do ex-presidente Itamar Franco. Entre outros pontos, o plano incluía a criação de uma nova moeda para o Brasil: o real.
Segundo economistas, o Plano Real foi a mais ampla medida econômica da história do Brasil. O principal objetivo do projeto era a controle da hiperinflação que assolava o país já há algumas décadas. Vários economistas colaboraram com o projeto, incluindo o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que viraria presidente em seguida.
Hoje, economistas concordam que o Plano Real cumpriu o seu objetivo e controlou a inflação do país, além de aumentar o poder de compra da população. Do ponto de vista da numismática, o Plano rendeu uma série de moedas raras, que seguem em circulação até hoje.
Valores das moedas
Agora vamos nos debruçar sobre os valores das moedas de 25 centavos citadas neste artigo. Como dito, para que essas peças sejam consideradas valiosas é preciso que elas contem com algumas características específicas.
Moedas que contam com reverso invertido, por exemplo, podem valer mais. O mesmo vale para as peças que contam com o reverso horizontal. Também é importante notar que os valores variam de acordo com o grau de conservação do exemplar.
Assim, se você tem uma moeda de 25 centavos que conta com reverso invertido e que ainda conta com uma ótimo estado de conservação, saiba que os valores podem ser ainda mais elevados.
Abaixo você pode conferir os valores projetados para essas moedas tomando como base os catálogos numismáticos mais atualizados:
O que é uma moeda reverso invertido?
Mas afinal de contas, o que seria uma moeda com reverso invertido? Para entender esta pergunta, é necessário sabe que o Brasil adota um sistema de padrão reverso moeda, ou seja, eixo horizontal (EH). As moedas que fogem deste padrão exigido são conhecidas como reverso invertido, e são consideradas muito raras.
Basicamente, as moedas com reverso invertido são aquelas que possuem o reverso com alinhamento contrário ou invertido ao alinhamento original. Na prática, para saber se uma moeda tem este defeito, basta segurar a peça com a face em posição normal virada para você. Logo depois, basta girar de baixo para cima.
Se o outro lado estiver de cabeça para baixo, estamos falando de uma moeda com reverso invertido, ou seja, uma peça valiosa. Vale frisar que qualquer item pode ser reverso invertido. Até mesmo centavos podem ter este tipo de defeito. Em todos os casos, a peça poderá valer mais.
“Mas definir valor comercial à essas moedas é algo relativamente complicado, principalmente porque, como foram produzidas como erros durante o processo de cunhagem, não há registros da quantidade de moedas emitidas”, diz o especialista Plínio Pierry.